Desde que se estabeleceu um conceito para Literatura que os estudiosos discutem a validade dos textos escritos, quanto a circulação, a avaliação crítica, entre outras instâncias que legitimam a produção ao status de Alta Literatura. Ao percorrer o século XIX, encontramos a vasta produção de romances-folhetins em todo o Brasil e constatamos que essa prática, importada da França, foi adotada por muitos dos nossos renomados romancistas que galgaram à categoria de canônicos. Entretanto, diversos autores, maciçamente publicados nos rodapés dos jornais, sequer tiveram seus nomes inscritos nas Histórias Literárias. Diante dessa constatação, esse trabalho tem como objetivo refletir sobre qual categoria o romance-folhetim se enquadra: Literatura ou cultura de massa?