A inserção da experimentação no Ensino de Química tem se apresentado como uma estratégia potencializadora para o desenvolvimento de habilidades e competências nos alunos, visando uma formação crítica para a construção de conhecimentos científicos. Nesse sentido, os experimentos não devem se apresentar como um conjunto de roteiros prontos e acabados com o objetivo de comprovar teorias e conceitos científicos. Pelo contrário, o professor deve dar espaço aos alunos para explanarem suas opiniões a partir das observações feitas nas aulas, buscando promover um ensino participativo, crítico e contextualizado. No entanto, apesar do consenso que existe entre os professores sobre a importância do uso desta estratégia, percebe-se que muitos saem do universo da formação inicial sem conhecer as abordagens de ensino com atividades experimentais na educação básica, o que consequentemente contribui para não saberem conduzir um planejamento satisfatório. Diante disso, o presente trabalho de pesquisa tem como objetivo diagnosticar entre os licenciandos quais os tipos de abordagens e como eles planejam as atividades experimentais para serem executadas no contexto da educação básica. Trata-se de um estudo de caso, de natureza quali-quantitativa. Como instrumento de coleta de dados, foi aplicado um questionário dirigido a 21 licenciandos. Para análise dos dados, buscou-se categorizar as respostas utilizando a análise de conteúdo de Bardin, que em seguida foram analisados à luz do referencial teórico do objeto de estudo. Os resultados revelam que a grande maioria dos licenciandos não apresentaram concepções satisfatórias sobre o planejamento e quais as abordagens utilizadas para trabalhar com atividades experimentais no Ensino de Química.