Viver numa sociedade marcada por um padrão heterossexual tem sido uma tarefa árdua durante muito tempo para os homossexuais. O ato de reconhecer-se como sujeito e vivenciar seus desejos de maneira satisfatória e livre ou como é utilizado por muitos movimentos homossexuais, o sair do armário, tem sido um longo caminho de quebra de preconceitos. De acordo com a reflexão supracitada o trabalho propõe analisar como as construções dos papéis sociais atuam diretamente como um processo excludente dos sujeitos que não vivem sua masculinidade e feminilidade de acordo com os padrões sociais. Dentro dessa perspectiva de desconstruir as concepções de normatização, analisa-se a dialógica entre os Estudos de Gênero e a Teoria Queer como um aparato teórico que visibiliza os homossexuais, buscando pesquisar e trazer ao cerne da sociedade, os grupos minoritários que por muito tempo estiveram à margem dessa sociedade. Para tal análise utilizou-se os seguintes referenciais teóricos: Hall (2006), Foucalt (2009), Louro (2008), Louro (2000), Louro (1997) e Carrara e Simões (2007). A partir da dialógica entre os Estudos de Gênero e da Teoria Queer percebeu-se que a sociedade uma vez marcada por instituições que exercem poder sobre ela como a família e a escola, impõe um padrão heteronormativo que fomenta o preconceito social contra os homossexuais. Tal fator atua diretamente na maneira como estes muitas vezes demoram a se assumir e se integrar socialmente, uma vez que são a todo o momento colocados a margem. Portanto, os estudos sobre sexualidade apresentam uma vertente ligada aos estudos homossexuais que subsidiam uma ferramenta importante para a desconstrução aos poucos da concepção homofóbica, conscientizando as pessoas que a diferença é natural e que precisamos conviver harmoniosamente com uma igualdade de direitos para todos os indivíduos sejam eles homossexuais ou heterossexuais.