Objetivamos com esse artigo problematizar as experiências de gênero e pedagogização exercidas nos corpos femininos e masculinos a partir das representações de memória de idosos, em memoriais de vida, produzidos pelos alunos e alunos da UAMA- Universidade Aberta à Maturidade- CG. A UAMA se insere no perfil das chamadas Universidades Abertas à Maturidade (UAMA), emergem com um espaço pedagógico voltado aos maiores de 60 anos no sentido de contribuir para a prática do envelhecimento sadio e ativo através da educação. Assim, recorremos às memórias dos idosos e de suas vivências para pensar historicamente como representam suas experiências, infantis e juvenis sobre o ser masculino e ser feminino. A metodologia utilizada será a problematização das narrativas dos idosos e idosas ao rememorarem seus passados. Assim, buscamos perceber como expressam em suas narrativas experiências de normatização dos corpos exercidas sobre eles. Como ferramentas teóricas, recorreremos aos conceitos de experiência de acordo com o que propõe Larrosa (2004); o conceito de memória de acordo com a perspectiva de Thamson (1997); o historiador Albuquerque Júnior nos ajuda a problematizar as questões das pedagogias que agem sobre os corpos dos sujeitos a fim de dirigir, normatizar e regular gestos; e Scott (1989) para pensar as questões de gênero.