O estudo etnobotânico e etnofarmacológico é fundamental no desenvolvimento da fitoterapia, pois possibilita a validação das propriedades terapêuticas transmitidas pela população. Observa-se, através de estudos etnofarmacológicos, que espécies vegetais como Plectranthus barbatus e Costus spiralis, utilizados na medicina tradicional, apresentam propriedades medicinais, destacando-se o uso como antibacteriano e/ou antifúngico. Observando-se os efeitos terapêuticos dessas plantas, a pesquisa objetivou analisá-las através de uma visão etnofarmacológica, enfatizando a atividade antimicrobiana. O estudo foi desenvolvido em três etapas: coleta do material na comunidade Caiana dos Mares, localizada na zona rural do município de Alagoa Grande, microrregião do brejo paraibano; obtenção dos extratos etanólicos vegetais, seguindo a Farmacopéia Brasileira 2ª edição (1959) e Matos (1988); e procedimentos microbiológicos, quando se determinou a atividade antimicrobiana dos extratos. O screening foi realizado através do método de difusão em meio sólido, processo cavidade-placa e técnica de pour plate. Os microrganismos utilizados foram: Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coli ATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 e o fungo leveduriforme Candida albicans ATCC 76643. As espécies vegetais testadas não apresentaram halos de inibição frente às cepas bacterianas e fúngica. Os resultados obtidos podem ser explicados pelas diferentes origens da espécie vegetal, pela utilização do extrato no teste, bem como por se tratar de cepas bacterianas diferentes em cada estudo específico. Não é possível afirmar a inatividade para outras cepas. Acredita-se que estudos como este, contribuam para o conhecimento de toda a população e comunidade científica a respeito das várias utilidades medicinais das especiarias, principalmente como antimicrobianas.