INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte em todo o mundo e ações educativas voltadas para a população são uma ferramenta importante para a prevenção e tratamento da doença. O objetivo do presente estudo é avaliar o nível de conhecimento da população sobre o AVC para permitir a elaboração de ações educativas mais eficientes. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada nas cidades de Natal e Santa Cruz durante a campanha educativa estadual da Semana de Combate ao AVC no Estado do Rio Grande do Norte no ano de 2015. A campanha foi coordenada pelo Programa de Diagnóstico e Intervenção no Acidente Vascular Cerebral (PRODIAVC). A amostra composta de 327 indivíduos foi dividida em dois grupos, de acordo com o auto relato de conhecimento: conhecimento prévio (CP) e sem conhecimento prévio (SCP). Além disso, também foram obtidos dados sociodemográficos. Os itens avaliados foram: conhecimento sobre a fisiopatologia; fatores de risco; conduta imediata e sinais e sintomas. Para análise estatística foi utilizada o teste de Mann-Whitney, com α=0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Onofre Lopes (CAAE: 34478214.0.0000.5292). RESULTADOS: Não foi observada diferença entre os grupos CP e SCP com relação ao nível de conhecimento sobre fisiopatologia (U=0,326, p=0,745), sinais e sintomas (U=1,81, p=0,07) e conduta imediata (U=1,31, p=0,189). Houve diferença significativa entre os grupos no nível de conhecimento de fatores de risco (U=3,774, p<0,001). Verificou-se que 31,5% da amostra relatou não saber ou errou o número de emergência do SAMU. CONCLUSÃO: O estudo corrobora outros resultados disponíveis na literatura sobre o baixo nível de conhecimento da população sobre a fisiopatologia, sinais, sintomas, sequelas e a conduta imediata em casos de AVC e reforça a necessidade de estratégias educativas.