A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal e não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. As principais funções cognitivas que se alteram com a idade são habilidades visioespaciais, nutrição e memória. As alterações na memória principalmente de evocação, dificuldade de recuperação de fatos, principalmente recente, que aconteceram há horas, dias ou meses e alterações na memória operacional. O objetivo é relatar a experiência de um projeto denominado Memória Ativa desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: A UBS na qual é realizada a experiência é a Dr Antônio Benício Freire (UBS do Poti Velho) tem predominância de idosos e meio idosos e por isso disponibiliza muitas ações de promoção de saúde para a população na busca do envelhecimento com qualidade. O projeto surgiu em agosto de 2015, acontece mensalmente no auditório da UBS e com frequência média de 35 a 40 pessoas dentre idosos, meia idade e pessoas adultas com queixas de esquecimento. O primeiro encontro se deu em agosto de 2015, no qual foi apresentado os 12 passos para manter uma memória ativa e as 4 dicas que deverão ser praticadas todos os dias, como treinamento para a memória fundamentados que se “você não pratica o cérebro envelhece”. Nesse encontro também foi lido outras informações importantes como beber muita água, alimentação saudável, praticar exercícios físicos, ter hábitos de leituras e jogos, planejar viagens e momentos de lazer. Utilizou-se o jogo de provérbios apresentado no 8 Congresso Regional de Geriatria e Gerontologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ainda não foi realizado nenhum teste comparando os resultados do treinamento para memória. Apenas se tem relatos dos participantes quanto a melhora da perda de objetos e da memória recente. Os próprios autores do projeto referem melhora significativa nos seus esquecimentos. Alguns participantes assíduos criaram o hábito de fazer palavras cruzadas, caça palavras e estão aumentando o nível de complexidade. Todos os participantes criaram caixas de memória e pastas para guarda de documentos, desenvolveram o hábito de anotar na agenda os compromissos dos dias e conferir se os mesmos estão sendo realizados. Pesquisas sobre intervenções cognitivas apontam que o treino cognitivo pode ocasionar aumento do desempenho e manutenção de habilidades cognitivas em idosos saudáveis CONCLUSÃO: Após um ano do projeto Memória Ativa os autores percebem a melhora dos participantes e integrantes do grupo nos esquecimentos e ainda os encontros além de trabalhar o cognitivo melhoram o isolamento social do idosos contribuindo ainda para redução das depressões. Percebe-se também a melhora dos vínculos da comunidade com os profissionais e entre eles mesmo. A experiência pode ser aplicada em várias realidades pois depende de poucos recursos humanos e materiais, utiliza-se o que se dispõe nas UBS, pode ser feita em qualquer espaço e desenvolvida pelos profissionais.