Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é definido como qualquer nível de intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia de gravidade variável, com início ou diagnóstico durante a gestação, em meio à ampla diversidade de alterações morfofuncionais que se desenvolvem ao longo da gravidez, o diabetes mellitus gestacional (DMG) representa uma das possíveis intercorrências às quais a gestante está exposta. Sua fisiopatologia é explicada pela elevação de hormônios contra-reguladores da insulina, pelo estresse fisiológico imposto pela gravidez e a fatores predeterminantes (genéticos ou ambientais). O principal hormônio relacionado com a resistência à insulina durante a gravidez é o hormônio lactogênico placentário, contudo, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e Prolactina também estão envolvidos. O surgimento do diabetes mellitus (DM) na gravidez aumenta o risco de complicações clínicas tanto para a mãe quanto para o feto. Funcionalmente, a redução na atividade da insulina durante a gravidez resulta em um estado metabólico que objetiva prover grande quantidade de nutrientes para o desenvolvimento fetal. (Neste sentido considera-se que a intervenção de enfermagem pré-natal e atendimento hospitalar eficiente podem diminuir expressivamente a morbidade e mortalidade materna e fetal, tendo como causa à diabetes gestacional e a parti dai surge grandes questionamentos. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão de literatura acerca do Diabetes Mellitus Gestacional. Este trabalho baseou-se em uma Revisão bibliográfica, realizada em Abril de 2017 que teve como fonte de pesquisa filtragem nas bases de dados dos sites de busca Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Google Acadêmico, NCBI Pubmed, para a escolha dos artigos científicos, utilizando-se os unitermos: Diabetes Mellitus Gestacional; Hiperglicemia; Pré-natal. Foram selecionados sete artigos para a análise e construção deste trabalho. O diabetes gestacional tem diversos fatores de risco como hipertensão arterial, presença de parentes de primeiro grau com diabetes, aumento excessivo de peso na gestação. A hiperglicemia materna pode elevar a incidência de pré-eclâmpsia na gestação atual, aumentar o risco do desenvolvimento da diabetes e a tolerância aos carboidratos futuramente. O diagnóstico precoce e o monitoramento preciso são estratégias decisivas para o desenvolvimento de uma gestação saudável, melhorando a qualidade de vida e minimizando os riscos à gestante e ao concepto. Como também o aprimoramento técnico e científico do enfermeiro, que muito pode contribuir no acompanhamento destas gestantes dentro de uma equipe multidisciplinar e, consequentemente, alcançar o equilíbrio e o bem-estar tanto materno como fetal, nos procedimentos, diagnóstico e tratamento da Diabetes Mellitus Gestacional. Um rastreamento somado à percepção profissional dos fatores de risco são procedimentos de fácil execução e baixo custo, sendo passível de realização em quase todos os centros de saúde, contribuindo para o diagnóstico precoce e instituição de terapia adequada.