No processo da obtenção da fibra do sisal as impurezas aderidas as fibras que são retiradas ao passar pela máquina “batedeira” são descartadas em grandes quantidades e até os dias de hoje o seu uso restringe-se à adubação. Desta forma, este trabalho teve por objetivo utilizar o pó da batedeira da fibra do sisal para produção de enzimas celulolíticas por fermentação em estado sólido, sendo esta uma das formas utilizadas para agregar valor aos resíduos agroindustriais.Para o processo fermentativo foi utilizado o microrganismo Trichoderma reesei, com uma concentração de 10^7 esporos/grama de substrato, a uma temperatura de 28° C, com uma umidade inicial de 80 %, sem adição de nutrientes e até 437 horas de fermentação. As amostras coletadas, ao longo deste tempo, foram submetidas a análise de pH, umidade, açúcares redutores e atividade enzimática, expressa em carboximetilcelulase. A maior atividade enzimática obtida para o pó da batedeira ocorreu às 389 horas, ou seja, no 18º dia de cultivo atingindo uma atividade de 0,2393 U/g.