Introdução: O termo assoalho pélvico se refere a todas as estruturas da pelve inferior, incluindo os ossos da pelve, vísceras, fáscias, ligamentos e músculos esqueléticos, sendo estes nomeados especificamente “músculos do assoalho pélvico” (MAP). Sendo responsável pela sustentação de órgãos e manutenção de funções fisiológicas como urinar e defecar, a musculatura do assoalho pélvico diante de fatores como traumas obstétricos, sobrepeso, avanço da idade, questões hormonais ou até mesmo por deficiência da contração dessa musculatura, pode sofrer fraqueza e incoordenação resultando em algumas disfunções dentre as quais têm destaque a incontinência urinária, incontinência fecal, prolapsos genitais e disfunções sexuais. Uma das abordagens não invasivas amplamente utilizadas para tratar essas disfunções é o treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), com nível 1 de evidência e grau A de recomendação, podendo-se avaliar a ativação mioelétrica destes grupos musculares e treiná-los através do biofeedback eletromiográfico. Objetivo: O objetivo do presente estudo é verificar a influência do biofeedback eletromiográfico no tratamento das disfunções do assoalho pélvico. Metodologia: Foi realizada uma busca de artigos nas bases de dados Pubmed, Scielo, Cochrane e PEDro, sendo utilizados os descritores “biofeedback”, “and” “electromyography”, “and” “pelvic floor”. Após analisar os artigos encontrados de acordo com os critérios de elegibilidade foram selecionados cinco estudos para a discussão. Resultados e Discussão: Os estudos abordados na presente revisão de literatura demonstram ter obtido melhores resultados no tratamento das disfunções do assoalho pélvico quando o tratamento das DAP’s é associado ao biofeedback eletromiográfico. Os estudos mostram o potencial que o biofeedback eletromiográfico tem em fornecer resposta que otimiza a conscientização e a utilização da musculatura do diafragma pélvico. Conclusão: Os estudos analisados nessa revisão mostram que existem melhores resultados no tratamento das DAP quando associado ao uso do biofeedback eletromiográfico. Contudo há uma carência de estudos que avaliem a utilização do BFE no tratamento das diversas DAP, já que a maioria dos dados encontrados se referem a reabilitação da IU.