Descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer, a doença de Alzheimer (DA) é considerada a forma mais comum de demência em idosos acometendo 35,6 milhões de pessoas no mundo, segundo dados fornecidos pela World Alzheimer Report 2015. De acordo com a projeção da Alzheimer´s Disease International (ADI), a previsão é de que o número de acometidos chegue a marca de 65,7 milhões em 2030 e a 115,4 milhões em 2050. Os impactos perpassam o âmbito clínico-individual, englobando também aspectos sociais e econômicos, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a incluir a doença de Alzheimer entre as prioridades mundiais de saúde. As manifestações clínicas da DA são diversas e ainda não totalmente explicadas, novos estudos buscam fatores que possam elucidar a etiopatogenia da doença e muitos tem se focado no papel do sistema dopaminérgico nas alterações neuropsiquiátricas dos portadores, um conjunto de sintomatologias muito comum e que promove grande perda da qualidade de vida. Foi realizada pesquisa bibliográfica nas bases PubMed, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), levantando dados relativos ao título com abordagem quantitativa e qualitativa. Foram gerados noventa artigos, dos quais treze foram incluídos na análise. Observou-se, ao final, a relação de disfunções no sistema dopaminérgico com alterações neuropsiquiátricas na DA, notando-se que eventuais modificações nesse sistema correlacionam-se com os seguintes quadros presentes em portadores de Alzheimer: apatia, mudanças de humor, déficits de memória, irritabilidade, depressão, disfunção do processamento de recompensas e comprometimento do aprendizado e dificuldades motoras.