HOLANDA, Geane Sara De et al.. Atuação do enfermeiro em emergências psiquiátricas. Anais II CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/29109>. Acesso em: 24/11/2024 22:22
Introdução: Até os dias atuais os indivíduos que sofrem de transtornos mentais são estigmatizados também pelos profissionais de saúde, e muitas condutas realizadas são baseadas no modelo hospitalocêntrico. Sendo assim, os saberes psiquiátricos têm passado por profundas modificações, inclusive no que se refere à assistência, bem como na conduta que os profissionais de enfermagem devem possuir frente ao individuo em emergência psiquiátrica.Objetivo: Objetivou-se sintetizar o conhecimento produzido na literatura nacional e internacional acerca da conduta do profissional de enfermagem em emergência psiquiátrica. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Após definição da pergunta norteadora do estudo, foi realizado um levantamento de artigos publicados entre 2005 a 2015. A busca ocorreu nas bases de dados: LILACS, CINAHL, PubMed e SCOPUS, e BVS. Utilizando-se os descritores controlados “Enfermagem” AND ”Saúde Mental” AND “Emergências” Foram encontrados 12 artigos, dos quais oito encontravam-se na base de dados Lilacs, dois da Pubmed e dois da Scopos. Resultados: Após a análise detalhada dos artigos, foram identificadas as seguintes categorias: emergências psiquiátricas, atuação do enfermeiro frente às emergências em saúde mental e as dificuldades na conduta do enfermeiro diante da crise psiquiátrica. A emergência psiquiátrica é considerada uma condição em que a pessoa expressa modificação do pensamento, atitudes, além de agitação motora, atos agressivos sejam eles físicos e/ou verbais, o que necessita que muitas vezes o profissional de enfermagem exerça uma conduta rápida para impedir a progressão da crise. Os estudos analisados mostraram que a abordagem à pessoa com transtorno mental em situação de emergência é de extrema importância, uma vez que se for realizada de forma segura, com prontidão e de qualidade podem contribuir na adesão e uma melhor aceitação por parte do indivíduo ao tratamento proposto pela equipe. Em contrapartida, muitos profissionais tem tendência de tratar os pacientes em crise psiquiátricas com autoritarismo e pouca benevolência, pois há a crença de que tais pacientes devem ser isolados do convívio da sociedade por representar uma ameaça. a comunicação terapêutica é considerada uma ferramenta importante e que deve ser utilizada pelos profissionais de saúde com intuito de apoiar, informar, educar e capacitar os sujeitos nos processos de transição de saúde doença, bem como fortalecendo o indivíduo a se adaptar frente às dificuldades que apresentam. Também foi evidenciado que os profissionais apresentam fragilidades não somente em conhecer, mas também em lidar com as emergências psiquiátricas. Considerações Finais: Frente às fragilidades encontradas, faz-se necessária melhoria do currículo em saúde mental nos níveis de graduação e pós-graduação, com intuito de ampliar os conhecimentos para prestar o atendimento com qualidade. Além disso, é imperativo que haja investimentos públicos nos serviços de saúde, para que nessa perspectiva possa melhorar a qualidade da assistência aos indivíduos com transtornos mentais.