O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, caracterizado pela modificação na estrutura etária da população, com o aumento do número de pessoas com determinada idade em uma sociedade, a partir da idade dos 60 anos. Estima-se que até o ano de 2050 a população de idosos aumentará numa proporção de 5,1% para 14,2%, com isso, a utilização dos serviços de saúde também será crescente. De acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – PNSPI, a capacidade funcional do idoso não está ligada à ausência de doença orgânica, mas sim a fatores essenciais como independência funcional, que se refere a capacidade de realizar atividades da vida diária sem necessitar de ajuda, e autonomia, como o direito de tomar suas próprias decisões. Mediante o exposto, o presente estudo buscou como a produção científica brasileira conceitua o termo autonomia, como parâmetro de avaliação funcional de idosos na sociedade, tendo como objetivo analisar o conceito de autonomia em idosos na ótica da produção científica brasileira dentre os anos 2012-2016. Tratou-se de uma revisão integrativa determinada como método de revisão bibliográfica, caracterizada pelo resumo da literatura anterior de base empírica ou teórica para maior compreensão de um fenômeno, sendo seguidas as etapas de: elaboração da pergunta norteadora; estabelecimento dos critérios de inclusão/exclusão; busca dos artigos pertinentes ao propósito deste estudo; avaliação desses artigos; e interpretação e exposição dos resultados. Para guiar a revisão integrativa, foi elaborada a seguinte questão: Como está sendo cruzados os termos envelhecimento e autonomia dentre a produção científica brasileira? Utilizou-se como descritor na língua portuguesa os termos “idosos e autonomia”. A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a fevereiro 2016. Ressaltando que esse estudo referenda parte das atividades de fundamentação teórica do projeto de pesquisa fomentado pelo Programa de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UEPB), intitulado “Funcionalidade global de idosos residentes de um condomínio da maturidade”. O material empírico do estudo foi composto de nove artigos publicados em periódicos brasileiros. Destes, quatro eram da área da enfermagem, um da fisioterapia, um da educação física, um da bioética, um da epidemiologia e outro da saúde pública. Com esse estudo, conclui-se que o conceito de autonomia na produção científica brasileira está intimamente ligado à funcionalidade global da pessoa idosa, e juntamente com a independência funcional, formam parâmetros essenciais para a avaliação em saúde dessa população. Sendo assim, faz-se necessário o conhecimento desses conceitos na busca pelo envelhecimento ativo e saudável.