O adoecimento psíquico, com destaque para os Transtornos Mentais Comuns (TMC), é um dos grandes problemas enfrentados na atualidade, comprometendo a saúde das populações e representando elevado ônus para a saúde pública. Não obstante, é notória a incipiência dos estudos com o enfoque acerca das necessidades de saúde masculina, no âmbito da atenção primária. Este estudo tem como objetivo analisar as vulnerabilidades aos transtornos mentais comuns em homens residentes no contexto urbano de João Pessoa/PB. Não obstante, é notória a incipiência dos estudos com o enfoque acerca das necessidades de saúde masculina, no âmbito da atenção primária. Os serviços destinam menos tempo de seus profissionais aos homens e oferecem poucas explicações sobre mudanças de fatores de risco para doenças quando comparado com as mulheres. Foram utilizados: SRQ-20 e entrevista individual com base no método de cenas. Atualmente, tem sido alvo de inquietações o fato de que a população masculina pouco se utiliza dos serviços de saúde, especialmente no nível de atenção básica, buscando tratamento para os agravos de sua saúde geralmente quando já se demanda serviços de natureza especializada. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem apresenta, como principais objetivos, a promoção de ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político econômicos. Portanto, o sofrimento psíquico é visto, como um sinal de fragilidade. Os homens consideram-se invulneráveis, o que acaba por contribuir para que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais às situações de risco; estilo de vida pouco saudáveis e ao uso e abuso de álcool. Os participantes buscam ajuda quando não suportam mais, sentindo se intensamente atingidos pelo adoecimento, especialmente quando a situação socioeconômica é desfavorável. Os resultados permitiram concluir que, no contexto urbano, a relação entre os aspectos individuais, sociais e programáticos, associados à violência urbana, problemas financeiros, desemprego, problemas conjugais, falta de perspectiva e crescimento profissional, problemas de saúde (familiares, pessoal), sobrecarga de trabalho, isolamento social, autoestima baixa contribuem para situações de vulnerabilidades aos TMC entre os homens residentes no contexto urbano.