A partir de discursos (médicos-psiquiátricos, pedagógicos, farmacológicos, políticos, jurídicos e religiosos) gestados na sociedade sobre as drogas e seus usos, a produção de representações estigmatizam os sujeitos inclusive no meio escolar. Nesta pesquisa, fizemos uma pesquisa bibliográfica sobre as representações sociais das drogas e dos seus usuários na Educação Básica, em periódicos da base Scielo, compreendendo o período de 2003 a 2015, a fim de conhecer as principais ênfases, lacunas e possibilidades. Para tanto, seguimos os passos de Gil (1995), na condução da pesquisa bibliográfica, realizando as leituras: exploratória, seletiva, analítica e interpretativa. Identificamos que as representações sociais sobre os alunos usuários de drogas são construídas a partir de uma perspectiva reducionista. As imagens associadas a estes sujeitos estão hegemonicamente ligadas às concepções negativas, sendo representados como criminosos, perigosos, doentes, viciados, violentos, vulneráveis, corroborando com a visão de temor e de amedrontamento. Em contraposição, algumas pesquisas começam apontar para uma compreensão mais sistêmica e complexificada da questão, considerando aspectos contextuais e não reducionistas. Há ainda uma importante lacuna quanto à voz dos alunos nas pesquisas, sendo o professorado o grupo mais estudado.