Este texto discorre inicialmente sobre a evolução das legislações brasileiras que disciplinam a matéria dos resíduos sólidos, para então destacar as principais consequências advindas com globalização, cujas transformações econômicas ocorridas nas cidades brasileiras, frequentemente reproduziram um visível distanciamento de questões ambientais e sociais. O objetivo central deste estudo é articular as atuais práticas presentes nas sociedades capitalistas com as concepções de inclusão social, cidadania e sustentabilidade ambiental. O método de procedimento adotado foi o analítico-descritivo, no intuito de realizar uma abordagem entre as áreas jurídica e ambiental, apresentando-se um problema resultante dos modelos de desenvolvimento ainda adotados no Brasil, cuja falta de solução acarreta sérias repercussões nos campos sanitário, econômico e social. Os estudos realizados permitiram concluir pela possível e necessária inserção social dos catadores de materiais recicláveis das ruas e dos vazadouros à céu aberto ainda presentes nas cidades brasileiras , com a devida observância e respeito ao meio ambiente, no sentido de possibilitar a construção de um cenário social de cidadania inclusiva no contexto de uma sustentabilidade ambiental.