SANTOS, Lais Vasconcelos et al.. . Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/31452>. Acesso em: 24/11/2024 21:18
Este trabalho pretende dar visibilidade às conexões entre História da Saúde e da Educação a partir dos escritos, pautados em ideais higienistas, que circularam em impressos brasileiros e colombianos no período de 1918 a 1946, agenciando as práticas educativas de higiene bucal. Como aporte teórico-metodológico foi adotado as contribuições de Roger Chartier, principalmente no que se refere aos conceitos de leitura e de apropriação de discursos. As analises realizadas, sinalizaram que o corpo dos sujeitos tornou-se alvo central de um processo politico tanto no Brasil, quanto na Colômbia que envolveu estratégias baseadas no discurso higienista, à exemplo da higiene bucal. Assim, os discursos médico-odontológicos atuavam divulgando, prescrevendo e realizando práticas sobre os corpos pautadas por regras de higiene, preceitos morais e religiosos. Logo a higiene bucal foi utilizada como um processo civilizatório e higiênico, onde ter um rosto belo e um sorriso bonito passaram a ser símbolos da nação de “ordem” e do “progresso”. E os espaços escolares, configuraram uma maneira de mostrar que cuidar dos dentes e da boca é, também, uma questão de civilidade e de boa educação. Por isso, a apropriação de cuidados bucais na busca dos sorrisos deslumbrantes.