A atividade docente está permeada por diversos desafios e além de estar imersa num contexto plural, tem o seu processo de trabalho cada vez mais intensificado pelas exigências do mercado, pela desvalorização da educação, a precarização das condições de trabalho, tendo o professor que lidar no seu dia a dia com as mais diversas situações, cobranças e realidades. No exercício profissional da atividade docente são perceptíveis diversos estressores psicossociais, referentes à natureza de suas funções, já outros relacionados ao contexto institucional e social onde estas são exercidas. Em consequência desses fatores, esses docentes estão sujeitos a enfrentar uma síndrome cada vez mais comum na sua profissão, a Síndrome de Burnout, que se caracteriza por um estado de tensão emocional e estresse crônico, resultante de condições de trabalho físico, emocional e psicológico desgastantes. A Síndrome de Burnout é um tipo particular de estresse, que influencia diretamente na qualidade de vida e de trabalho dos professores. Suas principais características são o esgotamento físico e emocional, consequências de desgaste psicológico e físico, provocados por condições e/ou situações percebidas como desagradáveis e desmotivadoras no ambiente laboral, podendo atrapalhar assim sua prática pedagógica. Muitos sintomas podem ser desencadeados a partir da síndrome, tais como: irritabilidade, perda momentânea da memória, sensação de cansaço e fadiga, insônia, desânimo para enfrentar sua rotina de trabalho podendo chegar a uma depressão profunda. O presente artigo pretende discutir as causas e consequências de Burnout, a partir de um estudo de caso. A metodologia é de caráter qualitativo, com base em entrevista semiestruturada realizada com uma professora do terceiro ano do Ensino Fundamental da rede pública de ensino da cidade de Campina Grande-PB. Os resultados apontam danos que essa síndrome traz não apenas ao docente, mas também aos alunos e consequentemente a toda educação.