BRANDÃO, Paula De Freitas et al.. . Anais III CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/41235>. Acesso em: 25/11/2024 00:35
A doença inflamatória intestinal (DII) vem apresentando aumento da sua incidência mundialmente, com destaque aos países desenvolvidos, podendo ser descoberta na infância ou, principalmente, na fase adulta. Esta tem como formas mais comuns a doença de Crohn (DC) e a retrocolite ulcerativa (RCU), caracterizadas como enfermidades de origem imunológica que apresentam uma inflamação crônica da mucosa do trato gastrointestinal, alternando entre fases agudas e de remissão. Sabe-se que a etiologia não está definida, acreditando-se que seja multifatorial. Como o ácido graxo linolênico, também conhecido como ômega-3, um ácido graxo poli-insaturado (AGP), desempenha um importante papel na redução da inflamação, acredita-se que possa agir de forma satisfatória sobre as DII. Todavia, mais estudos ainda são necessários para elucidar o seu mecanismo na fisiopatologia da DII, assim como a quantidade necessária para o seu tratamento, prevenção ou aumento do tempo da remissão. Tendo em vista a importância da temática, já que o seu uso implicaria num tratamento menos invasivo, contribuindo para a preservação do bem-estar do paciente, realizou-se uma revisão de literatura buscando compreender a ação do ômega-3 na DII. Os artigos utilizados, de 2013 a 2018, são da base de dados bibliográfica PubMed, que totalizaram 20, predominantemente em língua inglesa. Além deles, utilizaram-se duas diretrizes internacionais sobre a nutrição na DII e capítulos de livros que versam sobre o assunto. Todavia, mesmo sabendo da ação anti-inflamatória do ômega-3, ainda não há recomendação para a suplementação terapêutica. Isto indica a necessidade do desenvolvimento de pesquisas mais robustas e com metodologia bem definida.