MOTA, Lia Duarte. Jards macalé em cena. Anais ABRALIC Internacional... Campina Grande: Realize Editora, 2013. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/4402>. Acesso em: 24/11/2024 23:23
Parto de uma longa e diversa construção do pensamento que propôs fronteiras diluídas, indissociação entre arte e vida, expansão do campo da escrita, artes híbridas, diversas e plurais para pensar o artista Jards Macalé. Este fez parte de um grupo e geração que movimentou o pensamento, as artes e o modo de viver, no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970 e continua produzindo atualmente. Além de ser considerado um artista marginal, no sentido de que se colocou à margem da produção musical, e ter seu nome associado à ideia do artista maldito, tem também uma relação diferente com sua música. A feitura de suas canções parece apresentar uma preocupação outra, que não somente o arranjo, letra e melodia. Nas suas apresentações há uma presença que não se dá apenas como corpo de um cantor no palco, mas um corpo que se relaciona direta e visualmente com a canção cantada. Dessa forma, a proposta desse texto é pensar o artista em diálogo com diferentes artes na tentativa de demonstrar uma forma de atuação potente capaz de marcar a cena cultural brasileira.