A avaliação da aprendizagem dos estudantes tem sido um tema gerador de debates constantes no ambiente escolar brasileiro. Esse estudo teve como objetivo analisar as opiniões dos Coordenadores Pedagógicos, sobre o processo de avaliação da aprendizagem dos estudantes surdos na perspectiva da Educação Inclusiva. Utilizamos um estudo de caráter qualitativo. Tivemos como participantes da pesquisa, seis Coordenadores Pedagógicos de três cidades do interior de Alagoas (Murici, Branquinha e União dos Palmares), que atuavam em turmas do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental e possuíam em suas escolas, estudantes surdos devidamente matriculados. Como instrumento para coleta de dados escolhemos a entrevista semiestruturada, composta por dezenove perguntas. E como técnica para o tratamento e interpretação dos dados, utilizamos a análise de conteúdo. Como resultados, pudemos constatar que os Coordenadores Pedagógicos participantes da pesquisa, apresentaram opiniões divergentes sobre o processo de avaliação da aprendizagem. Uns, acreditavam que a avaliação dos estudantes com deficiência deveria ser diferenciada, respeitando as suas especificidades, outros, acreditavam que deveria ser igual a dos estudantes sem deficiência. Percebemos também, que a maioria dos Coordenadores Pedagógicos compreendia a avaliação como um instrumento momentâneo, como uma prova ou uma atividade elaborada intencionalmente para medir a capacidade desses estudantes e lhes atribuir uma nota, e não como um ato contínuo sobre o processo de aprendizagem. Com isso, ponderamos que essa pesquisa aponta para a necessidade de os Coordenadores Pedagógicos refletirem e mudarem suas práxis de avaliação, abrindo caminhos para a efetivação da escolarização e inclusão dos estudantes surdos no ambiente escolar.