Artigo Anais VII ENLIJE

ANAIS de Evento

ISSN: 2317-0670

INTERFACES DA MORTE EM O BEIJO DA PALAVRINHA, DE MIA COUTO

Palavra-chaves: MORTE, LUTO, LITERATURA AFRICANA, LITERATURA INFANTO-JUVENIL, LITERATURA INFANTO-JUVENIL Comunicação Oral (CO) GT 10: Literaturas em aulas de Línguas Materna e Estrangeiras: reflexões, perspectivas e propostas
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      Patrícia Pinheiro Menegon \r\n
      Há alguns anos a Literatura Africana de Língua Portuguesa tem despontado e ganhado destaque por meio de obras de escritores literários de enorme importância como Mia Couto. Entre outras temáticas desenvolvidas por ele, a infância tem se evidenciado com  bastante relevância, seja pela presença de personagens infantis que carregam em si o anseio e expectativa de uma nação cuja a identidade está passando ainda por uma etapa de desenvolvimento, seja pelo fato da infância ser sobretudo, um momento privilegiado, acessado pela memória, que conecta valores e desejos indispensáveis no processo de socialização e concepção da pessoa. Pretende-se neste trabalho, mostrar a jornada experenciada pela personagem Maria Poeirinha no final da sua abreviada vida, bem como conceitos como a Morte e o Luto. Como as crianças manifestam suas concepções e as enquadram em suas vidas? Que rituais lhes são permitidos? Quais rituais criam ou usam no confronto com essa realidade? Como essas crianças são apoiadas? Que peso tem a perda por morte nas suas relações? Questões como essas pretendem ser respondidas neste artigo por meio da leitura do conto O beijo da palavrinha. E quando se toma a criança como ator social, ela está sendo reconhecida dentro de um papel ativo que, segundo a teoria da “reprodução interpretativa”, lhe confere a assimilação seletiva do mundo dos adultos. Nessa perspectiva, o conceito de reprodução interpretativa introduz aspectos inovadores da participação da criança na sociedade, indicando, através dos episódios de brincadeira registrados em suas pesquisas etnográficas, que “as crianças criam e participam de suas culturas de pares singulares por meio da apropriação de informações do mundo adulto de forma a atender seus interesses próprios enquanto crianças”.\r\n
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Publicado em 29 de agosto de 2018

Resumo

Interfaces da Morte em O beijo da palavrinha, de Mia Couto Patrícia Pinheiro Menegon Há alguns anos a Literatura Africana de Língua Portuguesa tem despontado e ganhado destaque por meio de obras de escritores literários de enorme importância como Mia Couto. Entre outras temáticas desenvolvidas por ele, a infância tem se evidenciado com bastante relevância, seja pela presença de personagens infantis que carregam em si o anseio e expectativa de uma nação cuja a identidade está passando ainda por uma etapa de desenvolvimento, seja pelo fato da infância ser sobretudo, um momento privilegiado, acessado pela memória, que conecta valores e desejos indispensáveis no processo de socialização e concepção da pessoa. Pretende-se neste trabalho, mostrar a jornada experenciada pela personagem Maria Poeirinha no final da sua abreviada vida, bem como conceitos como a Morte e o Luto. Como as crianças manifestam suas concepções e as enquadram em suas vidas? Que rituais lhes são permitidos? Quais rituais criam ou usam no confronto com essa realidade? Como essas crianças são apoiadas? Que peso tem a perda por morte nas suas relações? Questões como essas pretendem ser respondidas neste artigo por meio da leitura do conto O beijo da palavrinha. E quando se toma a criança como ator social, ela está sendo reconhecida dentro de um papel ativo que, segundo a teoria da “reprodução interpretativa”, lhe confere a assimilação seletiva do mundo dos adultos. Nessa perspectiva, o conceito de reprodução interpretativa introduz aspectos inovadores da participação da criança na sociedade, indicando, através dos episódios de brincadeira registrados em suas pesquisas etnográficas, que “as crianças criam e participam de suas culturas de pares singulares por meio da apropriação de informações do mundo adulto de forma a atender seus interesses próprios enquanto crianças”. Palavras-chave: Morte, Luto, Literatura Africana, Literatura Infanto-Juvenil, Contexto Sociocultural

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