RANGEL, Sandra De Queiroz et al.. . Anais VII ENLIJE... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/45472>. Acesso em: 24/11/2024 21:03
RESUMO: Nosso objetivo, neste artigo, é apresentar algumas considerações teóricas sobre a literatura de cordel, modalidade literária portadora de uma linguagem aparentemente simples, lúdica e ritmada, que poderá se constituir numa prática das mais significativas, haja vista que pode influenciar no encantamento inicial das crianças pela leitura literária, além de contribuir com o processo de formação de leitores. Logo, poderia ocupar um lugar privilegiado nas salas de aula do Ensino Fundamental 1 e ser abordada como literatura e não como mero pretexto para alfabetização, para obter informações ou qualquer outro ensinamento moral ou didático. Além disso, apresentamos um recorte da vivência de leitura do cordel A cigarra e a formiga, de autoria do poeta Manoel Monteiro, tendo como sujeitos os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Deputado Tertuliano de Brito, do município de São João do Cariri - PB, realizada durante nossa pesquisa no Mestrado em Linguagem e Ensino, na Universidade Federal de Campina Grande – PB. Quanto às reflexões acerca da literatura de cordel nordestina, recorremos as considerações teóricas de Abreu (2004), Ayala (1997), Wanderley (2017) e Ribeiro (1987) e de Marinho e Pinheiro (2012) na discussão sobre o cordel e sua utilização no cotidiano escolar. Percebemos que as estratégias adotadas, por serem sistematizadas, planejadas, lúdicas, pautadas no diálogo e na leitura compartilhada, favoreceram o papel do leitor como receptor, bem como sua interação com o texto.