SAMPAIO, Fabrício De Sousa. Críticas à educação brasileira via pensamento butleriano. Anais V CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/46861>. Acesso em: 22/11/2024 08:05
Normalizar, classificar e diferenciar sujeitos sociais constituem as principais marcas dos processos educativos interpretados como mecanismos históricos de socialização das culturas. Nas práticas cotidianas de normalização, a educação contempla em suas políticas curriculares, diversas materializações de violências as quais permanecem, na maioria das vezes, naturalizadas culturalmente. Este artigo objetiva desestabilizar os processos educativos violentos alavancados rotineiramente tendo como referencial crítico de análise o pensamento da filósofa Judith Butler. Neste ínterim, algumas categorias utilizadas por Butler são acionadas para questionar as atuais pedagogias da exclusão como um todo e, especificamente, as pedagogias heteronormativas e/ou heteroterroristas. Policiamento de gênero, inteligibilidade, vulnerabilidade, enquadramento, precariedade, abjeção e performatividade de gênero constituem as principais ferramentas analíticas requeridas para revisar criticamente a educação atual e performatizar uma educação na/pela/para diferença nos hodiernos cotidianos escolares brasileiros. Tal deslocamento educacional engendrado pelo acionamento das categorias acima poderiam materializar processos de desnaturalização das pedagogias violentas praticadas pelos mais diferentes atores escolares.