A pneumonia aspirativa é causada por materiais provenientes do trato digestivo superior que sofrem aspiração para as vias aéreas, não sendo eliminadas pelos mecanismos normais de defesa antes de chegarem aos pulmões. Assim, é desenvolvida a pneumonia que, geralmente, é causada por uma bactéria anaeróbia da flora intestinal. Inicialmente, há o desenvolvimento de uma pneumonite; após isso, ocorre o desenvolvimento da pneumonia propriamente dita (1). O refluxo gastroesofágico, frequente em crianças, constitui um fator de risco importante para pneumonia aspirativa (2). Tem-se como objetivo descrever a assistência de Enfermagem a uma criança hospitalizada por pneumonia aspirativa. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso, realizado por meio da assistência oferecida por acadêmicos de enfermagem a uma criança internada em um Hospital Municipal em Fortaleza-Ceará, em junho de 2017, no decorrer do estágio curricular. O caso a seguir é de uma criança de 2 anos, do sexo feminino, em seu quinto dia de internação hospitalar, acompanhada da mãe, com diagnóstico médico de pneumonia aspirativa por refluxo gastroesofágico. Possui histórico de infecções recorrentes de vias aéreas. Mãe referiu que criança apresenta tosse cheia, coriza e espirros e suspeita de sinusite em acompanhamento médico anterior. Era consciente, cooperativa e não conciliava sono e repouso. Realizou exame radiológico, com laudo de infiltrado pulmonar bilateral mais acentuado à esquerda. Ao exame físico apresentou desvio de septo nasal à esquerda e hiperemia local; ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares positivos e presença de roncos em ápice pulmonar E. Os principais diagnósticos de Enfermagem encontrados foram: Padrão de Sono Perturbado; Padrão Respiratório Ineficaz; Risco de infecção e Náuseas/Vômitos. As principais intervenções de Enfermagem relacionadas ao caso foram: manter cabeceira do leito elevada; avaliar e documentar padrão respiratório e sinais vitais, com ênfase na temperatura; avaliar perfusão periférica; promover ambiente silencioso e confortável; e registrar frequência e características dos vômitos, se presente. Diante do exposto, nota-se que a assistência de Enfermagem deve ser planejada de forma individualizada, conforme as necessidades apresentadas pela criança em internamento hospitalar, melhorando assim a qualidade do cuidado.