O presente artigo tem por objetivo estabelecer relações entre tijolos de solo-cimento comum e de solo-cimento com adição de Etileno Acetato de Vinila (EVA), que é um resíduo provindo da fabricação de calçados. Esse resíduo não é biodegradável, ou seja, é necessário que o mesmo obtenha outro destino que não seja o meio ambiente. Tal preocupação é vital no setor da construção civil, o qual é responsável por gerar grande quantidade de resíduos sólidos e emissão de CO² na atmosfera. Cumpre esclarecer que tijolo de solo-cimento pode ser definido como sendo uma técnica em que, além da utilização do solo, uma fração reduzida de cimento na composição. Para fazer a relação foi necessário fabricar tijolos com e sem essa adição e submetê-los a ensaios de compressão e absorção de água. Antes da produção dos tijolos foi necessário caracterizar o solo a ser utilizado para, em seguida, elaborar as proporções entre cimento, solo e argila. Por fim, após a confecção e estabilização dos materiais foi possível averiguar que os tijolos com adição de EVA não atenderam à todos os requisitos designados pelas normas técnicas. Posto isso, para as próximas prensagens serão elaborados novos traços, aumentando a proporção de argila e/ou EVA de maneira a usar a quantidade mínima possível de cimento. Vale ressaltar que este artigo é um recorte de Projeto de Extensão do IFPB Campus Campina Grande, o qual possui por nome “Incubadora para produção de materiais de construção não convencionais”. Esta iniciativa tem por objetivo proporcionar às famílias de baixa renda da comunidade local a possibilidade de produção e comercialização de tijolos ecológicos.