INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) é uma doença de caráter metabólico, caracterizada por hiperglicemia resultante de defeitos de secreção e/ou ação da insulina. O processo educativo em DM2 traz efeitos favoráveis, uma vez que os pacientes obtêm tratamento eficiente, apoio ao autocuidado, podendo apresentar melhoria no perfil glicêmico, na prevenção e no controle das complicações agudas e crônicas. OBJETIVO: Analisar as mudanças ocorridas nos parâmetros clínicos dos pacientes com DM2 após participarem de oficinas educativas. METODOLOGIA: Estudo quase-experimental, com grupo único, antes e depois, realizado de março de 2015 a julho de 2016, em duas unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Picos-Piauí-Brasil. A amostra foi composta por 55 pacientes. Os critérios de inclusão foram: ter diagnóstico médico de diabetes mellitus tipo 2, há no mínimo 6 meses e idade entre 30 a 69 anos. Critérios de exclusão: aqueles com dificuldade aparante que inviabilizem a comunicação e as respostas ao instrumento e os que não tiverem condições de terem suas medidas antropométricas mensuradas. Foram realizadas 3 oficinas educativas, semanalmente e com duração de 60 minutos, com grupos de até 15 participantes. Os pacientes foram reavaliados um mês após o término das intervenções. Os dados foram coletados por intermédio de um formulário e a análise de dados foi feita no programa estatístico SPSS versão 20.0. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (UECE), CAAE: 52656816.7.0000.5534. RESULTADOS: Dos 55 participantes, 35 (63,5%) eram mulheres, com média de idade de 59,29 ± 9,1 anos. Antes das oficinas, 40(72,7) apresentavam hiperglicemia, 13(23,6) estava com pressão arterial sistólica (PAS) indicando hipertensão arterial sistêmica grau I (HAS I), 10(18,2) com pressão arterial diastólica (PAD) limítrofe, 7 (12,7) dos pacientes com idade inferior a 60 anos estava com sobrepeso, 30 (54,5) com idade ≥ 60 anos indicando baixo peso, quanto a circunferência abdominal (CA) do sexo masculino 9(16,38) estava com valores >102 cm e quanto a CA sexo feminino, 21(38,16) com valor >88 cm. Após as oficinas, 34(61,8) dos participantes continuavam hiperglicêmicos, 32(58,2) alcançaram PAS ótima, 43(78,2) conseguiram PAD ótima, o IMC dos pacientes com idade inferior a 60 anos continuou elevado indicando sobrepeso, já o IMC dos que tinham idade ≥ 60 anos, 16 (29,0) conseguiram alcançar peso normal, quanto a CA do sexo masculino 6(10,92) continuaram com valores >102 cm e a CA do sexo feminino permaneceu inalterada, todos os valores verificados antes e depois das oficinas, apresentaram melhora, mesmo essa melhora sendo discreta. CONCLUSÃO: As intervenções educativas apresentaram efeito positivo na redução dos parâmetros clínicos dos pacientes.