A contínua busca pela harmonia das formas criadas pelos homens tem como ponto de partida a proporção. O número de ouro é a forma de representação matemática dessa proporção. É um número irracional representado pelo número Phi - 1,6180339887. A presente comunicação está inserida no conjunto das discussões e estudos de nossa pesquisa de iniciação científica do projeto intitulado “As categorias abstratas do reflexo da realidade e o número áureo: gênese e estrutura da arte”, por meio da qual pretendemos, em linhas gerais, apresentar a história do número de ouro e sua importância, considerando os estudos de Boyer (1974), Contador (2011), Courant e Robbins (2000), Livio (2015) e Santos (2013). Segundo Livio (2015), em geral usamos o termo proporção para designar uma relação de comparação entre partes com respeito a tamanho ou quantidade. A primeira definição formal do que mais tarde ficou conhecido como “Razão da Áurea” foi dada por volta de 300 a.C. por Euclides de Alexandria, o qual registrou a construção geométrica da divisão em média e extrema razão. Advertimos que, segundo o autor, o número áureo possui tanto a característica matemática, por ser uma relação comparativa entre medidas, como também a característica visual, por conseguir proporcionar certa harmonia, podemos comprovar essa afirmação quando consideramos fatores históricos da construção da matemática ao longo do tempo. Tal interpretação visual do número de ouro está presente nas construções desde a Antiguidade, principalmente nas construções gregas. Nesse sentido, Arte e Ciência se aproximam, enquanto a Arte se fundamenta na intuição e cria emoção, a Matemática se fundamenta no raciocínio e cria lucidez. Ambas buscam nas formas concretas da natureza suas considerações, que se traduzem em formas abstratas.