O presente artigo consiste em uma análise bibliográfica com embasamento marxista e em pensadores decoloniais latino-americanos. Pretendemos, a partir desse ensaio preliminar, realizar um estudo sobre o a historicidade do colonialismo primordialmente latino-americano, e do capitalismo levando em consideração ambos os fatos históricos e suas contribuições para a gênese do capitalismo global. Tendo este último, não apenas como sistema de produção de mercadorias e valor de troca, mas de uma aculturação dos colonizados e do surgimento de uma cultura eurocêntrica, com base no racismo, na homofobia e na exploração do homem pelo homem, além da subalternização do saber latino-americano e a “soberania ideológica” dos colonizadores e de seu “sistema-mundo/patriarcal do capital moderno”. Apontamos o processo de colonização, contendo em si o capitalismo ainda embrionário em sua primeira fase, esse já se apresenta no colonialismo, não como algo fixado e já estruturado, mas que já estruturava-se com base no eurocentrismo e justamente nessa prática de poder sob os corpos dos colonizados, sendo assim, o capitalismo é para além de um sistema articulado de expropriação da força de trabalho humano, ele é o próprio processo de desumanização e de coisificação do ser, de aculturação e introjeção dos valores do outro (colonizador) pelo colonizado, o que nos coloca em uma situação que carece de revolução imediata, com intuito do desmonte de toda conjuntura histórica , cultural econômica com base na ideologia de poder eurocêntrico “universal”. Situação essa com a qual convivemos todos os dias e que não pode modificar-se e humanizar-se por si própria, ela precisa ser historicamente desconstruída via revolução. Para que possamos reconstruir historicamente pela coletividade humana uma sociedade verdadeiramente emancipada, de igualdade socioeconômica e de respeito e aceitação do pluralismo cultural, racial e das distintas formas de amar.