A construção civil é marcada por seu caráter artesanal, onde a mão de obra e a qualidade dos materiais utilizados têm grande influência no produto final. Com o baixo grau de investimento na qualificação do trabalhador e nas tecnologias construtivas, observa-se um processo caracterizado pela baixa produtividade, elevado desperdício e retrabalho. Desse modo, é necessário buscar novas tecnologias capazes de garantir mais eficiência nos processos construtivos. Nesse contexto, a industrialização da construção se propõe a racionalizar o processo, por meio da pré-fabricação do produto e planificação dos serviços. Dentre as técnicas construtivas que incorporam esses conceitos destaca-se o Light Steel Framing (LSF), também conhecido como sistema resistente de construção a seco. Este método, bastante difundido nos Estados Unidos e Europa, chegou ao Brasil apenas na década de 1990 e ainda é pouco utilizado nas edificações brasileiras. Na Paraíba, seu uso é ainda mais recente, sendo observadas edificações que utilizam o sistema LSF apenas em meados do ano de 2015. Apesar de recente, o sistema tem tido grande aceitação devido às vantagens obtidas em relação ao sistema tradicionalmente utilizado na região (estruturas de concreto armado e alvenaria de bloco cerâmico como vedação). Diante da necessidade de difusão de novas metodologias construtivas eficientes, este trabalho tem como objetivo apresentar um panorama da construção com uso de LSF na Paraíba, destacando as vantagens do sistema e as peculiaridades do seu método construtivo, com fins de estimular o investimento nas mais recentes tecnologias disponíveis no mercado da construção civil. Para tanto foi realizado um estudo das obras executadas com o sistema LSF no Estado, com foco nas soluções adotadas, dificuldades encontradas e vantagens obtidas, destacando as principais etapas de construção que vão desde a concepção do projeto ao acabamento da estrutura. A partir das técnicas construtivas apresentadas é possível concluir que o sistema de construção a seco LSF fornece novas alternativas ao mercado paraibano. Por ser uma solução moderna, sustentável, limpa e economicamente viável, a inserção desta tecnologia no Estado eleva o padrão do setor de construção civil. Além das vantagens técnica, ambiental e financeira, o uso de uma nova solução no mercado garante maior competitividade do setor e, consequentemente, uma maior produtividade o que gera ganhos para o consumidor final.