Artigo Anais III JOIN / Edição Brasil

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-8318

QUÍMICA ORGÂNICA DO CANDOMBLÉ

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      A lei brasileira  nº 9.394, de 1996, seguida de suas modificações, no art. 26-A,  , torna obrigatório o ensino da história, cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas do ensino fundamental e médio público e privado do país, ministrados no âmbito de todas as disciplinas do currículo escolar. Na Química, novos métodos didáticos são necessários para auxiliar na aprendizagem e na interdisciplinaridade, já que o desconhecimento da maioria dos professores e a falta de material didático especifico são fatores que dificultam a implementação da lei.  O objetivo do presente trabalho foi criar uma metodologia contextualizada para o ensino da cultura afro-brasileira e africana junto à disciplina de Química do ensino médio. Foi realizada uma pesquisa sobre o Candomblé, identificando algumas ervas que são utilizadas em banhos e rituais. Logo após também foi feito um levantamento da constituição química que cada erva possui, destacando os constituintes provavelmente responsáveis pela ação na elaboração de um jogo de tabuleiro de funções orgânicas versus plantas medicinais usadas nos rituais do candomblé. Para cada molécula foram feitas três perguntas e estas foram inseridas em uma carta. O tabuleiro consiste em 50 casas que foram\r\n
      divididas em: 15 casas com as substâncias das ervas utilizadas em rituais do Candomblé; 5 bônus; 5\r\n
      armadilhas e 25 sem efeito. As regras para o jogo são: quatro jogadores e um juiz como portador das cartas que contém as perguntas e respostas que não podem ser reveladas aos jogadores. O jogador poderá utilizar dois dados: o primeiro é um dado de seis faces, referente à quantidade de casas que ele deve andar que ao invés de números, contém os seguintes hidrocarbonetos: metano, etano, propano, butano, pentano e hexano, onde o número de carbonos presentes nessas moléculas é a quantidade de casas a andar; o segundo dado é utilizado caso o jogador pare numa casa que possua uma substância utilizada nos rituais. Neste caso ele vai jogar o dado pra saber qual das perguntas ele vai responder. Esse segundo dado possui seis faces, onde as faces referentes a 1,2 e 3, são duplicadas, e ao invés de números, são elementos da tabela periódica, e o número é representado pela quantidade de ligações que aquele elemento perfaz na sua forma fundamental. Sempre que o jogador responder certo, poderá ficar na casa que parou, se errar, ele deve voltar uma casa. Ganha o jogo o jogador que conseguir chegar ao fim, antes dos outros jogadores. O jogo “Química Orgânica do Candomblé” é uma excelente alternativa para o ensino de química orgânica e da cultura afro-brasileira, facilitando tanto a aplicação do art. 26-A da lei nº 9.394, de 1996, quanto o trabalho do professor em ensinar, e também, dos estudantes em aprender ambos conteúdos. É uma proposta inovadora no ensino desse conteúdo da cultura afro-brasileira e da química orgânica, podendo ser reproduzida facilmente por qualquer professor, de qualquer escola.
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      divididas em: 15 casas com as substâncias das ervas utilizadas em rituais do Candomblé; 5 bônus; 5\r\n
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Publicado em 12 de outubro de 2017

Resumo

A lei brasileira nº 9.394, de 1996, seguida de suas modificações, no art. 26-A, , torna obrigatório o ensino da história, cultura afro-brasileira e indígena em todas as escolas do ensino fundamental e médio público e privado do país, ministrados no âmbito de todas as disciplinas do currículo escolar. Na Química, novos métodos didáticos são necessários para auxiliar na aprendizagem e na interdisciplinaridade, já que o desconhecimento da maioria dos professores e a falta de material didático especifico são fatores que dificultam a implementação da lei. O objetivo do presente trabalho foi criar uma metodologia contextualizada para o ensino da cultura afro-brasileira e africana junto à disciplina de Química do ensino médio. Foi realizada uma pesquisa sobre o Candomblé, identificando algumas ervas que são utilizadas em banhos e rituais. Logo após também foi feito um levantamento da constituição química que cada erva possui, destacando os constituintes provavelmente responsáveis pela ação na elaboração de um jogo de tabuleiro de funções orgânicas versus plantas medicinais usadas nos rituais do candomblé. Para cada molécula foram feitas três perguntas e estas foram inseridas em uma carta. O tabuleiro consiste em 50 casas que foram divididas em: 15 casas com as substâncias das ervas utilizadas em rituais do Candomblé; 5 bônus; 5 armadilhas e 25 sem efeito. As regras para o jogo são: quatro jogadores e um juiz como portador das cartas que contém as perguntas e respostas que não podem ser reveladas aos jogadores. O jogador poderá utilizar dois dados: o primeiro é um dado de seis faces, referente à quantidade de casas que ele deve andar que ao invés de números, contém os seguintes hidrocarbonetos: metano, etano, propano, butano, pentano e hexano, onde o número de carbonos presentes nessas moléculas é a quantidade de casas a andar; o segundo dado é utilizado caso o jogador pare numa casa que possua uma substância utilizada nos rituais. Neste caso ele vai jogar o dado pra saber qual das perguntas ele vai responder. Esse segundo dado possui seis faces, onde as faces referentes a 1,2 e 3, são duplicadas, e ao invés de números, são elementos da tabela periódica, e o número é representado pela quantidade de ligações que aquele elemento perfaz na sua forma fundamental. Sempre que o jogador responder certo, poderá ficar na casa que parou, se errar, ele deve voltar uma casa. Ganha o jogo o jogador que conseguir chegar ao fim, antes dos outros jogadores. O jogo “Química Orgânica do Candomblé” é uma excelente alternativa para o ensino de química orgânica e da cultura afro-brasileira, facilitando tanto a aplicação do art. 26-A da lei nº 9.394, de 1996, quanto o trabalho do professor em ensinar, e também, dos estudantes em aprender ambos conteúdos. É uma proposta inovadora no ensino desse conteúdo da cultura afro-brasileira e da química orgânica, podendo ser reproduzida facilmente por qualquer professor, de qualquer escola.

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