Este trabalho aborda algumas transformações ocorridas na Educação brasileira desde a década de 1930, apontando o surgimento da Escola Nova como uma inovação para o entendimento de como se dava o processo de ensino-aprendizagem da época. Como metodologia, é traçada uma linha histórica a partir do ensino tradicional do começo do século XX, seguida pela disseminação do ideário escolanovista a partir de 1930, o que trouxe uma nova perspectiva a respeito da Educação, de sua finalidade e do papel do aluno no processo de ensino-aprendizagem. Seguindo a cronologia, após o enfoque dado ao ensino tradicional e à Escola Nova, refletimos acerca da tendência liberal tecnicista e da função que a Educação recebe nela: a de produzir indivíduos capazes de exercerem funções sociais no sistema vigente. Assim, observamos, no corpo do texto, momentos diferentes nos quais a Educação tem objetivos distintos. Diante de tantas divergências na Educação quanto a seus objetivos e proposta, o artigo levanta a problemática de qual seria a função do professor. Para isso, criticamos posturas em sala de aula próprias de professores que se conformam com o sistema educacional falho, servindo aos seus propósitos e agredindo o aluno enquanto ser pensante e construtor de conhecimento. Para concluir, apresentamos a finalidade da Educação segundo Paulo Freire, que é a de libertar o indivíduo a ponto de fazê-lo se perceber como agente transformador da realidade. A partir dela, chegamos às atribuições do educador, que deve instigar o aluno à pesquisa, despertar nele o desejo de conhecer e, assim, de se tornar um ser humano melhor.