A doença de Parkinson (DP) promove diversas alterações motoras e não-motoras que comprometem a qualidade de vida (QV). Este estudo teve por objetivo avaliar o impacto da progressão da DP no equilíbrio estático e dinâmico, mobilidade funcional, cognição e QV de indivíduos diagnosticados com DP em tratamento fisioterapêutico. Foram avaliados 28 voluntários com DP, os quais foram divididos segundo os valores medianos da Escala Unificada de Avaliação para Doença de Parkinson (MDS-UPDRS), em dois grupos: menor comprometimento (G1) ou maior comprometimento (G2). Foram avaliadas as medidas funcionais (Escala de equilíbrio de Berg [EEB], Dynamic Gait Index [DGI], teste de caminhada de 10 metros [TC10M], Time up and go [TUG]), a QV, pelo Questionário sobre a Doença de Parkinson (PDQ-39) e a cognição pelo Mini-exame do Estado Mental (MEEM). Para análise dos dados utilizou-se Teste t de Student não pareado ou Teste de Mann Whitney, de acordo com a normalidade dos dados. Diferenças significantes foram observadas para a QV (p = 0,04) e o DGI (p = 0,04). Para o TUG (p = 0,60), EEB (p = 0,11) e TC10M (p = 0,52) não foram observadas diferenças significantes. A progressão da DP desencadeia maior comprometimento na capacidade do indivíduo com DP em realizar modificações na marcha de acordo com as tarefas propostas a ele e reduz a QV, mas não promoveu alterações no equilíbrio estático e dinâmico, na mobilidade funcional e na cognição.