Introdução: A Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença progressiva e irreversível, em que há uma obstrução do fluxo aéreo associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. O tratamento compreende medidas que amenizem os sintomas e a progressão da patologia. Para a prática do cuidar destes pacientes, a enfermagem conta com um importante instrumento denominado Processo de Enfermagem (PE). Este é fundamentado na teoria das necessidades humanas básicas e consiste em um conjunto de etapas sistematizadas e inter-relacionadas, voltadas para a organização e planejamento do cuidado ao ser humano. Objetivos: descrever a experiência dos graduandos de enfermagem na aplicação do PE em paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica fundamentado na Sistematização da Assistência de Enfermagem e em seus Sistemas de Classificação. Métodos: trata-se de um relato de experiência do estágio da disciplina de Atenção Integral à Saúde I, em um hospital universitário, no período de outubro e novembro de 2013. Durante esse período, elaborou-se um plano de cuidados a partir da história clínica do paciente baseado na taxonomia da NANDA, NIC e NOC. Resultados: Após a coleta de dados constituída de anamnese e exame físico, foi traçado o seguinte diagnóstico de enfermagem: Troca de gases prejudicada relacionado à mudança na membrana alveolar evidenciado por batimento da asa do nariz, dispneia e respiração anormal (ritmo e profundidade). Logo, as intervenções de enfermagem, de acordo com o NIC, foram: Limpar secreções nasais orais e traqueais quando necessário; Monitorar capacidade do paciente de tolerar remoção do oxigênio enquanto se alimenta; Observar sinais de hipoventilação induzidos pela terapia com oxigênio; Monitorar sinais de fragmentação da pele por fricção do mecanismo do oxigênio e; Oferecer cama limpa e confortável. De acordo com a NOC o resultado esperado foi Estado Respiratório: Ventilação. Inicialmente, a soma dos indicadores foi três, mas após as intervenções de enfermagem alçou-se uma ascensão no estado clínico de modo que se obteve soma oito na avaliação final. Portanto, os resultados foram satisfatórios à medida que o paciente apresentou uma melhora do quadro clínico. Conclusão: Com a aplicação do PE, pode-se obter maior qualidade no cuidado e com isso implementar intervenções que melhoraram o quadro clínico do paciente de forma holística. Além disso, o quadro clínico do idoso com DPOC proporcionou aos discentes uma experiência ampla, proporcionando um melhor raciocínio e julgamento clínico e, ainda, o desenvolvimento de habilidades que possibilitaram a elaboração e a implementação do plano de cuidados essencialmente importante para a formação desses futuros enfermeiros.