VASCONCELLOS, Tãšlio FlãVio De. Aprendizagem em química: fatores limitantes. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/51292>. Acesso em: 23/11/2024 15:11
Pôster APRENDIZAGEM EM QUÍMICA: FATORES LIMITANTES Túlio Flávio de Vasconcellos[1]/tulioflaviovasco@gmail.com/UVA Patrícia Oliveira[2]/UVA Antônio Lucyano Rodrigues Almeida[3]/EEM Prof Luis Felipe Geovany Amorim[4]/UVA Eixo Temático: (Processos de Ensino e Aprendizagem) Resumo O ensino de Química há algum tempo apresenta-se tendencioso á limitação da transmissão de conhecimentos de maneira tradicional, enfatizando assim a reprodução e memorização de conceitos, resultando na formação de alunos desmotivados, com dificuldades perceptíveis no aprendizado (PONTES, 2008). Quando analisamos os resultados dos alunos do Ensino Médio, percebemos que geralmente, apresentam baixos níveis de aprendizagem, levando-se em consideração as avaliações internas realizadas no contexto da própria escola, além de considerar também as avaliações externas realizadas por programas de avaliações do Ministério da Educação (MEC). Os motivos que levam ao aprendizado de química vão além, estes se encontram na análise crítica do mundo, na formação de cidadãos, com conhecimento construído, oportunizando ao aluno uma compreensão para resolução de problemas atuais e relevantes para a sociedade. Neste contexto o trabalho em questão tem por objetivo geral analisar os principais fatores que, na visão dos alunos dificultam sua aprendizagem nas aulas de Química, categorizando e elencando estes fatores, para de posse dos dados, buscarmos soluções plausíveis para melhoria do aprendizado na referida disciplina. Vale salientar que este trabalho está sendo realizado em atendimento das expectativas de um projeto na escola, que é o Programa de Residência Pedagógica, programa pelo qual os autores estão vinculados como bolsistas, preceptor e orientador.Para responder nosso problema de pesquisa elegemos alguns objetivos específicos: a caracterização do perfil dos alunos do terceiro ano, identificando o interesse pela disciplina de Química, a dificuldade em compreendê-la, o tempo de estudo, a utilização de TIC's e utilização de aulas experimentais. Para essa pesquisa selecionamos aleatoriamente 120 alunos dos turnos manhã e tarde do terceiro ano do Ensino Médio, utilizando um questionário com oito questões, elaborado a partir dos objetivos específicos. Dentre as questões apresentadas elencamos quatro delas com maior expressividade nas respostas e que nos possibilitaram uma melhor estratégia de intervenção. A primeira delas foi sobre a maior dificuldade para aprender Química, onde 71,62% dos entrevistados responderam que sua maior aresta está nos cálculos, enquanto 21,18% na ausência de aulas práticas, 12,11% não gostam da disciplina, 6,5% colocam a culpa na forma como o professor aborda o conteúdo e 5,4% disseram não ter dificuldades com a disciplina. A segunda indagação versa os recursos metodológicos que mais facilitam o entendimento da disciplina, e as respostas foram: 51,45% optaram pelo Data Show, 44,39% pelo quadro e pincel, 16,14% por computadores e internet e 2,2% por TV e DVD. Dentre os recursos que mais facilitam a aprendizagem 56,49% disseram que são as aulas experimentais, 28,25% através de exercícios, 21,19% preferem aulas com recursos áudio visuais e 8,7% optaram pelas aulas tradicionais, sem recursos áudio visuais. Nessa próxima indagação utilizamos uma questão subjetiva, em que os alunos responderam livremente, sem opções e perguntamos quais as formas de ensino eles consideram as ideais para melhorar o aprendizado, e após a leitura e categorização das respostas chegamos aos seguintes resultados: 71,63% disseram que as aulas experimentais melhoraria o rendimento, 16,14% optaram por mais exercícios resolvidos em sala de aula, 13,12% preferem o tradicional, 6,5% uma explicação diferenciada do conteúdo, com recursos áudio visuais, 5,4% defendem a utilização de vídeo aulas, e 2,2% a utilização da TIC's, como internet e computadores através de simulados para aulas experimentais. Os resultados nos permitem identificar alunos carentes de aulas experimentais, e é de certa forma preocupante observar que ao perguntar a eles sobre a frequência de utilização do laboratório de Ciências, 98,87% responder que nunca o utilizaram, e ainda 56,49% associa o uso desta ferramenta ao melhor rendimento na disciplina. Nesse sentido, observamos que a realização de experimentos é bem vinda pra despertar a vontade de conhecer dos alunos, tornando-os consequentemente mais interessados em estudar os conteúdos de Química (RUSHTON; LOTTER; SINGER, 2011). O trabalho no laboratório possibilita aos discentes a oportunidade de interagir com materiais que não tem possibilidade de fazê-lo em sala de aula, como vidrarias, equipamentos e reagentes (BORGES, 2002). A dificuldade em cálculos também aparece como um motivo forte para essa dificuldade no aprendizado de Química, o que nos leva a interferir nas aulas de Química de maneira interdisciplinar, abordando cálculos e matemática básica, procurando diminuir essa aresta com os cálculos. Chegamos, portanto a conclusão de que na escola onde a pesquisa foi realizada impera o ensino tradicional, com aulas teórico-expositivas e que as aulas de Química devem ser contextualizadas com o cotidiano e com a matemática, utilizando experimentos que possam oportunizar vivenciar práticas comuns ao modo como vivem ao mundo microscópico da Química, tornando essa disciplina mais agradável e com melhor compreensão por parte dos discentes. Palavras-chave: química, ensino, aprendizagem. Referências BORGES, A. T. Novos Rumos para o laboratório escolar de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n.3, p. 291-313, 2002. PONTES, A. N. ET. AL. O Ensino de Química no Nível Médio: Um Olhar a Respeito da Motivação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 14.,2008, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: UFPR, 2008. Disponível em: http://www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0428-1.pdf. Acesso em 01 out. 2018. RUSHTON, G. T.; LOTTER, C.; SINGER, J. Chemistry teachers' emerging expertise in inquiry teaching: the effect of a professional development model on beliefs and practice. Journal of Science Teacher Education, v. 22, n. 1, p. 23-52, 2011.