Introdução: O excesso de peso, obesidade abdominal e pressão arterial aumentada representam importantes fatores de risco para diversas doenças crônicas. Estudos realizados com universitários demonstram que durante a vida acadêmica esse grupo está propenso a comportamentos de risco à saúde, como a alimentação inadequada, consumo de bebidas alcoólicas e inatividade física, fato este que pode contribuir para o desenvolvimento desses fatores de risco e consequentemente de várias doenças. Dessa forma, o objetivo do estudo é avaliar o estado nutricional, obesidade abdominal e níveis pressóricos de estudantes universitários. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal, realizado em uma Universidade Pública no município de Picos – PI, com 62 universitários, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 40 anos, dos cursos das áreas de Saúde, Humanas e Exatas. Foram aferidos peso e altura para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). A obesidade abdominal foi estimada pela circunferência abdominal (CA). A pressão arterial aumentada foi definida como uma pressão sistólica &#8805; 140 mmHg e/ou diastólica &#8805; 90 mmHg. Os dados foram processados no software SPSS versão 20.0. Foi aplicado o teste de Pearson Chi-Square para analisar possíveis associações entre as variáveis estudadas. Também foi realizado o teste t para amostras independentes para verificar diferenças entre as médias das variáveis, segundo o sexo. Para todos os procedimentos foi considerado o nível de significância em 5% (p<0,05). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, conforme Protocolo CAAE: 0408.0.045.000-11. Resultados: A maior parte (66,1%) da amostra era do sexo feminino. A média de idade dos participantes foi de 23,3 anos (±4,3). A avaliação do Estado Nutricional por meio do IMC revelou que 51,6% dos estudantes estavam com excesso de peso, independente do sexo. Em relação a CA, 46,8% dos universitários apresentaram perímetro abdominal com valores elevados. A média de CA foi maior (p<0,05) em relação aos estudantes do sexo masculino. Quanto a Pressão Arterial, apenas 6,5% dos estudantes estavam com níveis pressóricos elevados. A média de PA foi maior (p<0,05) em relação aos estudantes do sexo masculino. Conclusão: Os estudantes universitários apresentaram elevada frequência de excesso de peso e de circunferência abdominal aumentada. Assim, faz se necessário o investimento em ações educativas destinadas a essa população.