Introdução: Atualmente, os implantes de silicone contêm silicone em gel de alta coesividade, superfície rugosa e texturizada, revestidos geralmente de poliuretano. Existem relatos da relação entre a utilização de implantes gel de silicone para mamoplastia de aumento e o surgimento de carcinomas. Entretanto, não se pode afirmar a existência de associação causal entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento subsequente de câncer de mama. Objetivo: Levantar a partir da literatura a relação entre o surgimento da carcinogênese de mama e a implantação de próteses de gel silicone. Metodologia: realizou-se uma pesquisa bibliográfica a partir de busca na Biblioteca Virtual da Saúde de estudos epidemiológicos do tipo caso-controle realizados no período de 2003 a 2012. Baseado nas leituras exploratórias e seletivas de três artigos referentes ao tema publicados nas bases de dados pesquisadas. Resultados: os estudos apontam três domínios são analisados para detectar um agente causador na área da saúde; medicina, epidemiologia e toxicologia através da coleta de relatos clínicos, medidas estatísticas significativas e experimentos que comprovem a relação entre o agente causal, encontrado em todos os casos, e a doença em questão. Baseado nessa relação de causa analisou-se 5 estudos de coorte do tipo caso-controle sendo o resultado padronizado dos 4 maiores estudos de 0,25 de redução de risco para a incidência de câncer. Por conseguinte, compreendeu-se em relação aos estudos estatísticos que não há evidências de efeitos carcinogênicos que permitam conclusões acerca da presença ou ausência de associação causal entre o surgimento de carcinomas e o uso de gel silicone. Há, ainda, evidências sugestivas de falta de efeito carcinogênico quando há vários estudos cobrindo os diferentes níveis de exposição ao gel silicone e estes são consistentes em mostrar uma associação negativa entre a exposição ao agente e o câncer estudado. Conclusão: Com base em informações científicas consistentes verificadas através dos estudos epidemiológicos e analises de textos técnicos e científicos, chegou-se a conclusão que não há evidências científicas suficientes de que exista associação causal entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento posterior de câncer de mama.