INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, também denominada de Bacilo de Koch. O termo tuberculose se origina do fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. Esta patologia apresenta características sociais e demográficas, sendo mais encontrada nos grandes centros, onde a densidade populacional é alta, e está frequentemente associada a indicadores sociais de pobreza e também a doenças associadas, como a co-infecção pelo HIV. O Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos estimados de tuberculose no mundo. Muitos obstáculos dificultam o controle desta doença e o maior deles diz respeito à adesão dos clientes doentes à terapêutica. Uma das principais preocupações com respeito à tuberculose é a redução das taxas de abandono de tratamento. O sucesso no tratamento da tuberculose é largamente dependente da adesão do paciente ao esquema adotado.No Brasil, a taxa de abandono é alta, situa-se em 17% porém, em muitas regiões, atinge níveis mais elevados: na grande São Paulo a taxa é cerca de 20%. Diante do exposto, fica evidenciado a importância da produção de estudos científicos acerca da temática, uma vez que a mesma é motivo de transtornos que acarretam grandes gastos a saúde pública. OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo analisar a produção científica acerca da adesão e abandono do tratamento de tuberculose entre os períodos de 2006 a 2013. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de natureza documental concernente à produção do conhecimento no campo das Ciências da Saúde, relacionadas com a temática e disponibilizadas em periódicos online da referida área (SCIELO e LILACS), compreendido entre o período de 2006 a 2013. Os descritores utilizados foram: Tuberculose, adesão ao tratamento e abandono. Os critérios de inclusão foram os seguintes: a publicação deveria ser um artigo disponibilizado na íntegra em português e abordar a temática investigada no Brasil com publicação dentro do período acima referido. O universo do estudo foi constituído por 479 publicações, no qual somente 17 obedeceram aos critérios de inclusão. Para compreender a temática investigada, os resultados foram organizados considerando o número de publicações por ano, a modalidade do estudo, a área temática que norteou a pesquisa e a categorização dos artigos. RESULTADOS: os resultados mostram que houve uma maior produção nos anos de 2011 e 2012 (29%), seguidos do ano de 2009 (18%). Quanto à modalidade, observou-se que os artigos originais apresentaram um resultado de 94%. Em relação às áreas temáticas o maior percentual (47%) corresponde a Saúde Pública, Ambiental e Ocupacional. CONCLUSÃO: Apesar de existirem estudos atualizados que expressam uma boa dimensão sobre o tema, ainda é necessário enfatizar a importância de futuras produções científicas abordando a presente questão, uma vez que, trata-se de um assunto de alta relevância.