LIMA, Marcos José Andrade. Respostas renais a uma dieta hiperproteica. Anais CONACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://mail.editorarealize.com.br/artigo/visualizar/5400>. Acesso em: 25/11/2024 00:31
No contexto do treinamento e da nutrição esportiva, observa-se a alusão frequente à influência de dietas hiperproteicas para a melhoria no rendimento e na hipertrofia. O aparelho excretor tem a função de eliminar todos os detritos do organismo, bem como as substâncias em excesso, usando como via principal os rins. A ingestão proteica acima das necessidades orgânicas leva ao aumento das reações catabólicas de seus aminoácidos, desencadeando a produção de subprodutos como ureia (H2NCONH2), trifosfato de adenosina (ATP), gás carbônico (CO2), glicose (C6H12O6); acetil coenzima A e corpos cetônicos. Nessa perspectiva, a interface entre a influência da dieta hiperproteica e os seus resultados têm sido investigadas por boa parte da comunidade científica. Este artigo é uma revisão com o objetivo de discutir os efeitos, as bases fisiológicas, bem como as implicações da alta ingestão proteica sobre o sistema renal. O levantamento bibliográfico refere-se às publicações dos últimos quinze anos. A metodologia utilizada foi uma revisão sistemática por meio de livros e artigos científicos selecionados nos bancos de dados: LILACS, SCIELO e MEDLINE, utilizando como descritores: dieta hiperproteica, metabolismo proteico e nefropatias. Os livros foram selecionados pelas áreas de conhecimento: Nutrição e Atividade Física, Treinamento Desportivo, Fisiologia Humana, Fisiologia do Exercício, Bioquímica e Medicina Desportiva. Todos selecionados e analisados através de leitura crítica. Alguns estudos mostraram que a ingestão proteica acima das necessidades orgânicas leva ao aumento das reações catabólicas, elevando a produção de subprodutos, que por sua vez, podem resultar em efeitos adversos para o organismo e até mesmo nefropatias. No entanto, os efeitos da alta ingestão proteica em longo prazo e sua relação com o aumento dos danos renais, ainda não foram bem estabelecidos.