A temática abordada no presente estudo surgiu a partir de debates e reflexões mediante os crescentes casos de jovens que engravidam precocemente em todo o país. Assim sendo, além das mudanças físicas impostas pela faixa etária, à fase da adolescência submergem intensas transformações biopsicossociais, principalmente, mudanças pautadas sobre o amadurecimento sexual, bem como, a procura de uma identificação na vida adulta e a autonomização frente aos pais. Nesse sentido, além dos aspectos psicológicos e econômicos, há uma constante preocupação em virtude de muitas dessas adolescentes estarem ingressando em seu processo educacional, o que ocasiona muitas vezes a evasão escolar por parte dessas jovens, implicando diretamente no seu desenvolvimento profissional e psicossocial. Este trabalho tem como objetivo contribuir com a reflexão do tema de maneira global - através de referencial teórico - e local – por meio da pesquisa empírica desenvolvida no Município de Aparecida – PB. Foi realizada uma análise acerca dos efeitos decorrentes de uma gravidez não programada, tanto para o feto, quanto para os pais adolescentes, suas respectivas famílias, comunidade e a sociedade em geral na qual estão inseridas. Neste estudo, de caráter quali-quantitativo, os dados foram obtidos através de questionários e entrevistas e no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Aparecida-Pb. Após as etapas de “Descrição e Análise dos Dados”, identificou-se que a notícia sobre a gestação da adolescente em um primeiro momento, representou um “choque”, de modo que o apoio familiar nem sempre foi vivenciado pelas adolescentes entrevistadas. Vale ressaltar, os aspectos culturais, isto é, costumes de âmbito regional e conservador que foram identificados a partir da coleta de dados no Município de Aparecida-PB, cidade localizada no Alto sertão paraibano.