A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o idoso como o indivíduo com 60 anos ou mais; no Brasil o número de indivíduos desse grupo etário vem aumentando muito nos últimos anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE (2010) estes somam na atualidade 23,5 milhões dos brasileiros. Comparando-se o período compreendido entre 2009 e 2011, o grupo da terceira idade aumentou 7,6%, ou seja, mais 1,8 milhão de pessoas (Nanô, 2012). Desse modo, entende-se porque há alguns anos a pirâmide etária vem se invertendo e o Brasil se tornando um país de “velhos”, isso é reflexo do processo de transição demográfica, e decorre da redução da taxa de natalidade, que vem diminuindo gradativamente acompanhada do aumento da expectativa de vida. Lima-Costa e Veras (2003) colocam ainda que o processo de envelhecimento da população brasileira sofre às influências advindas da transição epidemiológica, a qual repercute diretamente na vida e na saúde das pessoas, com o aumento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis – DCNTs, se configurando como um problema de Saúde Pública. Objetivo: Assim sendo o objetivo desse trabalho foi relacionar a qualidade de vida como um indicativo para um envelhecimento ativo e saldável. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo qualitativa e exploratória realizada na base de dados Scielo, empregando os descritores “Qualidade de Vida” e “Idoso”; não foi realizado nenhum corte temporal relacionado aos anos de publicação, utilizou-se como critérios de inclusão: Trabalhos completos, apenas em língua portuguesa, e que abordassem a temática de maneira geral. Ao cabo desse processo resultaram 6 artigos elegíveis, os quais foram submetidos a Análise de Conteúdo segundo Bardin (1977). Resultados: Da análise do material emergiram três categorias temáticas: 1) Representações Sociais do Idoso; 2) A Qualidade de Vida como indicador de Saúde do Idoso, e 3) A Qualidade de Vida como indicador de Sociabilidade do Idoso. Conclusão: A qualidade de vida no processo de envelhecimento é algo macro e subjetivo; logo, depende de vários fatores como moradia, trabalho, atividade, alimentação, acesso a bens e serviços e possibilidade de interação social; nesse sentido os Grupos de Idosos aparecem como fortes aliados promovendo uma maior emancipação do sujeito no que concerne ao seu exercício de autonomia e independência, com repercussões para o seu bem-estar.