SABER, PODER E IDENTIDADE. É DISSO QUE SE OCUPA A EDUCAÇÃO: DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DE SABERES E SUA INSTRUMENTALIZAÇÃO EM FUNÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS ESPECÍFICOS, TANGENCIADOS POR DISCURSOS IDENTITÁRIOS, CUJO PODER SE ESPALHA SOBRE A MALHA SOCIAL E INFLUENCIA NA FORMA COMO ENCARAMOS O MUNDO, OS OUTROS E A NÓS MESMOS/AS. É NESSA PERSPECTIVA QUE A ARTE EDUCAÇÃO SE COLOCA COMO UM INSTRUMENTO DIFUSOR DE PRÁTICAS E DISCURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS À MULTIPLICIDADE DE CULTURAS E MODOS DE VIDA. É DA TENTATIVA DE PROMOVER UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA ABERTA AO MULTICULTURALISMO E À DIVERSIDADE, ATRAVÉS DO ENSINO DE ARTE QUE TRATA O PRESENTE TEXTO, REFLETINDO COMO MINHA PRÁTICA EDUCATIVA A PARTIR DO ENSINO DE ARTE PODERIA SER UM IMPORTANTE INSTRUMENTO PARA PROMOÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA CAPAZ DE SUBVERTER A ORDEM CULTURAL EM CUJOS MODELOS, MEUS ESTUDANTES NEGROS NÃO CONSEGUIAM SE VER E SE IDENTIFICAR, PELO PESO DE UMA ESTÉTICA SOCIAL QUE LHES COLOCA “FORA DO PADRÃO”. O ENTRELAÇAMENTO DESSA COMPREENSÃO DO ENSINO DE ARTE COMO UMA EDUCAÇÃO DO OLHAR E ESTÍMULO À CULTURA VISUAL LEVOU AO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO “DA COR DE ÉBANO” QUE CULMINOU NUMA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA RESULTANTE DE UM TRABALHO AMPLO DE ARTE-EDUCAÇÃO VOLTADA PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS.