O PRESENTE ARTIGO TEM O INTUITO DE REFLETIR SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES A RESPEITO DAS PRÁTICAS DA AUTOMUTILAÇÃO. FUNDAMENTAMOS ESTA DISCUSSÃO NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA CULTURAL, POR MEIO DE UMA DISCUSSÃO TEÓRICA, DE NATUREZA ENSAÍSTA. A PRESENTE REFLEXÃO SE JUSTIFICA PORQUE, DIANTE DO ATUAL CENÁRIO HISTÓRICO-CULTURAL, MARCADO POR TURBULÊNCIAS E IMPREVISIBILIDADE, A ESCOLA TEM SE DEPARADO COM AS MAIS VARIADAS PROBLEMÁTICAS, SENDO UMA DELAS A CRESCENTE INCIDÊNCIA DA AUTOMUTILAÇÃO. DIANTE DISSO, DEFENDEMOS A IMPORTÂNCIA DE AUXILIAR OS PROFESSORES COM ESTRATÉGIAS PARA O CONHECIMENTO, ENFRENTAMENTO, PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL E INCLUSÃO DESSAS PESSOAS NA ESCOLA. ARGUMENTAMOS QUE UMA POSSIBILIDADE DE FAZER ISSO É ATRAVÉS DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES, ABORDANDO ESPECIALMENTE A HISTORICIDADE DA AUTOMUTILAÇÃO E OS ASPECTOS SOCIAIS E CULTURAIS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO. SUGERIMOS TAMBÉM UMA DISCUSSÃO SOBRE UMA CONCEPÇÃO AMPLIADA DE INCLUSÃO ESCOLAR, ENFOCANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS, PRINCIPALMENTE A ACESSIBILIDADE ATITUDINAL, COMO UMA IMPORTANTE ALIADA NESSE PROCESSO, ABORDANDO O QUE SÃO: ESTIGMA, PRECONCEITO, ESTEREÓTIPO E DISCRIMINAÇÃO, POIS ELES FUNCIONAM COMO BARREIRAS ATITUDINAIS QUE REPRODUZEM O DISCURSO PATOLOGIZANTE E MEDICALIZADOR QUE CULPABILIZA A PESSOA PELO SEU PRÓPRIO SOFRIMENTO PSÍQUICO, CORROBORANDO PARA DIFICULTAR A BUSCA DE AJUDA E, CONSEQUENTEMENTE, PARA A SUA EXCLUSÃO. PORTANTO, SOMOS VETORES DO ARGUMENTO DE QUE A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES, CONTEMPLANDO CONTEÚDOS SOBRE A AUTOMUTILAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO HUMANO A PARTIR DA PSICOLOGIA CULTURAL, É UM IMPORTANTE RECURSO PARA A PROMOÇÃO DA INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DESSES ALUNOS NA ESCOLA.