Artigo Anais do X CONGRESSO INTERNACIONAL DE LÍNGUAS E LITERATURA

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-40-5

O TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA: UM ESTUDO (N)ETNOGRÁFICO EM SALA DE AULA

Palavra-chaves: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, ENSINO, LÍNGUA PORTUGUESA, SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL, NETNOGRAFIA Comunicação Oral (CO) ST 09: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E LETRAMENTOS NO ENSINO DE LÍNGUAS: UM VIÉS SOCIOLINGUÍSTICO
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Publicado em 03 de setembro de 2021

Resumo

O PRESENTE ESTUDO, QUE VERSA SOBRE O FENÔMENO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA, TRAZ A SEGUINTE PROBLEMÁTICA: QUAL O TRATAMENTO DADO À VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO NO IFMA CAMPUS COELHO NETO? DIANTE DISSO, DELINEAMOS COMO OBJETIVO GERAL: INVESTIGAR A ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA, NO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO NO IFMA CAMPUS COELHO NETO. PARA TANTO, DE MODO ESPECÍFICO, BUSCAMOS: IDENTIFICAR AS CONCEPÇÕES DA PROFESSORA DE LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE LÍNGUA E VARIAÇÃO LINGUÍSTICA; VERIFICAR A CONSONÂNCIA DO TRABALHO COM A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM SALA DE AULA COM OS ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS; ANALISAR, SOB A PERSPECTIVA DA SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL, O TRATAMENTO DADO À VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ENQUANTO OBJETO DE ENSINO EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA. ESTE ESTUDO APRESENTA EM SUA BASE TEÓRICA AUTORES COMO LABOV (2008), ACERCA DA SOCIOLINGUÍSTICA VARIACIONISTA; BORTONI-RICARDO (2004, 2005), NO QUE DIZ RESPEITO AO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA NA PERSPECTIVA DA SOCIOLINGUÍSTICA EDUCACIONAL; BAGNO (1999, 2007), SOBRE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E PRECONCEITO LINGUÍSTICO; TRAVAGLIA (2008), REFERENTE ÀS CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM; FARACO (2008), EM RELAÇÃO À TEMÁTICA DA NORMA LINGUÍSTICA, DENTRE OUTROS ESTUDIOSOS. TRATA-SE DE UMA PESQUISA DE CAMPO COM VIÉS ETNOGRÁFICO, DE ABORDAGEM QUALITATIVA E INTERPRETATIVISTA. PARA A GERAÇÃO DE DADOS, UTILIZAMOS COMO INSTRUMENTOS: OBSERVAÇÃO DE AULAS REMOTAS, NOTAS DE CAMPO, GRAVAÇÕES AUDIOVISUAIS E ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA. DEVIDO À PANDEMIA DE COVID-19, AS AULAS OCORRERAM REMOTAMENTE POR MEIO DE AMBIENTES DE APRENDIZAGEM ON-LINE, POR ISSO O TRABALHO DE CAMPO RECORREU TAMBÉM AO MÉTODO DA NETNOGRAFIA, PESQUISA DE PERSPECTIVA ETNOGRÁFICA, PORÉM MEDIADA PELA INTERNET E QUE SE VALE DOS MEIOS VIRTUAIS PARA A GERAÇÃO DE DADOS E PARA AS INTERAÇÕES COM OS PARTICIPANTES DA PESQUISA. OS RESULTADOS DA PESQUISA INDICAM QUE A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, APESAR DE LEGITIMADA NO FALAR DISCENTE E DOCENTE, OCUPA UM ESPAÇO REDUZIDO NA PROGRAMAÇÃO DAS AULAS, SENDO TRABALHADA DISSOCIADA DOS DEMAIS CONTEÚDOS DA DISCIPLINA, COM FOCO NA SUA CLASSIFICAÇÃO, RECEBENDO UM TRATAMENTO SUPERFICIAL E INSUFICIENTE. QUANTO À CONCEPÇÃO DE LÍNGUA(GEM) ASSUMIDA PELA DOCENTE, PERCEBEMOS QUE A CONCEPÇÃO DE LÍNGUA(GEM) COMO INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO E COMO PROCESSO DE INTERAÇÃO, APONTADAS POR TRAVAGLIA (2008), COEXISTEM NA SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA, SENDO OBSERVADO O PREDOMÍNIO DESTA ÚLTIMA. DE MODO GERAL, NOTAMOS QUE HOUVE COERÊNCIA ENTRE O CONHECIMENTO TEÓRICO SOCIOLINGUÍSTICO E A PRÁTICA DE ENSINO DA DOCENTE EM RELAÇÃO À ABORDAGEM DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.

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