INTRODUÇÃO: OS NÚMEROS SOBRE O ESPALHAMENTO DO SARS-COV-2, A EVOLUÇÃO DA COVID-19 E OS ÓBITOS CAUSADOS PELA DOENÇA ASSUMIRAM UM PAPEL CENTRAL NA AGENDA PÚBLICA MUNDIAL E LOCAL. DE UM LADO, ESSA PUBLICIZAÇÃO AO MESMO TEMPO INFORMA SOBRE A OCUPAÇÃO E EVENTUAL SOBRECARGA DOS SISTEMAS DE SAÚDE E BUSCA ENGAJAMENTO DA POPULAÇÃO PARA O CONTROLE DA PANDEMIA; DE OUTRO, IMPELE GESTORES A DAR TRANSPARÊNCIA À EVOLUÇÃO DE EVENTOS PANDÊMICOS NO NÍVEL LOCAL. OBJETIVO: ANALISAR O QUE COMUNICAVAM OS BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS DIVULGADOS NO PERFIL INSTAGRAM DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE (FMS) DE RIO CLARO/SP. METODOLOGIA: PARTE DE UMA PESQUISA QUE ANALISOU 133 BOLETINS, PRODUZIDOS COM DADOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA MUNICIPAL, EM FORMATO DE INFOGRÁFICO, PUBLICADOS ENTRE 30 DE MARÇO E 31 DE JULHO DE 2020. OS INFOGRÁFICOS FORAM ENTENDIDOS COMO DOCUMENTOS DE DOMÍNIO PÚBLICO E A ANÁLISE FOCOU NO PROJETO GRÁFICO, NA PERIODICIDADE E, SOBRETUDO, NO MODO DE APRESENTAÇÃO DOS NÚMEROS. O CONTEXTO RIO-CLARENSE FOI DADO PELA ANÁLISE DAS MÍDIAS LOCAIS, O QUE NOS PERMITIU RELACIONAR AS MUDANÇAS NOS INFOGRÁFICOS COM AS DECISÕES DOS GESTORES QUANTO AO ENFRENTAMENTO DA COVID NA CIDADE. RESULTADOS: ALTERAÇÕES CONSTANTES DE FORMATO, CONTEÚDO E PERIODICIDADE DOS INFOGRÁFICOS; OPÇÃO POR DIVULGAÇÃO DE NÚMEROS ABSOLUTOS DE CASOS, ÓBITOS E DE OCUPAÇÃO DE LEITOS, SEM “TRADUÇÃO” DO SEU SIGNIFICADO A POPULAÇÃO NÃO PERITA; E DESTAQUE PARA O NÚMERO DE RECUPERADOS, INDICADOR CONTROVERSO NA EPIDEMIOLOGIA DE DOENÇAS CONTAGIOSAS, JÁ QUE NÃO CONTRIBUI PARA MENSURAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE EPIDEMIAS. CONCLUSÃO: A ANÁLISE INDICOU QUE OS INFOGRÁFICOS, EMBORA TENHAM ATENDIDO AO PRINCÍPIO DEMOCRÁTICO DE ACESSO ABERTO A INFORMAÇÕES DE INTERESSE PÚBLICO, NÃO CONSEGUIRAM SE CONFIGURAR COMO FERRAMENTA EFICIENTE DE COMUNICAÇÃO DE RISCO, JÁ QUE A MENSAGEM POUCO EFETIVA NÃO PERMITIA A COMPREENSÃO DO QUE, DE FATO, ESTAVA ACONTECENDO NO MUNICÍPIO.