Objetivo: avaliar a relação entre o risco para violência, a síndrome da fragilidade e as variáveis sociodemográficas entre idosos hospitalizados. Método: estudo quantitativo, descritivo, de corte transversal, realizado em dois hospitais universitários do estado da Paraíba. Período de coleta de dados foi de julho a setembro de 2019 na cidade de João Pessoa e outubro de 2019 a fevereiro de 2020 no município de Campina Grande. A população foi constituída por 323 idosos e a amostra por 114 idosos, o processo de amostragem se deu de forma não probabilística, por cota, distribuídos de forma proporcional entre os setores. Os instrumentos de coleta de dados foram: Brazil Old Age Schedule, Hwalek-Sengstock Elder Abuse Screening Test e Edmonton Frail Scale. Resultados: houve prevalência do risco para violência entre os idosos do sexo feminino (61,4%), que reside com alguém (69,8%), com filhos (67,1%) e houve significância entre aqueles que residem com netos e o risco para violência (p=0,04). No tocante à síndrome da fragilidade é observado predominância entre o risco para a violência e a fragilidade grave (75,0%). O coeficiente de correlação demonstrou que existe significância estatística entre o risco para violência e o número de pessoas que residem na casa (p=0,01) e a fragilidade (p<0,001). Conclusão: o arranjo de moradia da pessoa idosa apresenta implicações para maiores riscos de violência na pessoa idosa, sobretudo entre aquelas que residem com filhos e netos. O risco da ocorrência da violência também se relaciona com a fragilidade na pessoa idosa, sobretudo em casos mais graves.