Esse estudo teve por objetivo identificar a ocorrência de lesão por pressão em pessoas idosas submetidos à cirurgia cardíaca. Estudo descritivo e abordagem quantitativa, realizado de março 2020 a março de 2021 em uma unidade de terapia intensiva cardiológica de um Hospital de ensino no Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados diariamente utilizando a escala de Braden para predição de lesão por pressão. A amostra foi composta por 29 pessoas idosas submetidas a cirurgia cardíaca, das quais 18 (62,0%) eram do sexo masculino. As idades variaram de 61 a 77 anos, com média de 67 (DP 8,2). Na primeira avaliação após cirurgia cardíaca, identificou-se que 100,0% dos idosos tinham “risco muito alto” de desenvolver LP. Dentre os quais 38,0% desenvolveram LP, com surgimento entre o segundo e o quarto dia de permanência na UTI, identificadas com maior frequência na região sacral (36,4%) e classificadas em estágio II (68,1%). A ocorrência de lesão por pressão em pessoas idosas foi um achado comum entre os participantes do estudo, revelando-se um evento adverso desafiador, pois, compromete a recuperação pós-operatória. Nesse sentido, a prevenção de lesão por pressão requer avaliação criteriosa da pele, do estado hemodinâmico e das condições clínicas, para o adequado planejamento e implementação de intervenções de enfermagem indidualizadas.