O presente artigo busca investigar como se dá o processo de interpretação, em Libras, nas aulas remotas do Mestrado em Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Este trabalho é de natureza qualitativa e de paradigma interpretativista, em virtude do modo como será feita a análise dos dados. Em resumo, intentando fazer uma análise, o pesquisador-participante fez um relato pessoal de sua trajetória, e dos problemas encontrados. Vale salientar que a caracterização do investigador como sujeito de pesquisa é esperado no âmbito da etnografia da prática escolar. Diferentemente do cartesianismo acadêmico por tempos preconizado, uma visão humanista parte da premissa de que pesquisador e objeto de estudo estão, necessariamente, imbricados, e a subjetividade é parte inerente ao percurso crítico-analítico. Para a sustentação teórica deste trabalho, buscou-se amparo nas discussões de Hodges e colaboradores (2020), no que alude à comparação entre os termos Ensino Remoto e Ensino a Distância, e, a Marques (2020), no que se refere à interpretação remota durante a epidemia de COVID-19. As reflexões empreendidas ao longo deste trabalho são transitórias e abarcam, fundamentalmente, um momento de incertezas no âmbito do ensino nacional brasileiro. A Educação Emergencial Remota alterou as bases do processo de aprender e de ensinar. No caso dos surdos, mais que isso, levou-os a uma relação necessária e conflituosa com as plataformas de conferência existentes.