As políticas educacionais apontam, cada vez mais, que as avaliações em larga escala tem sido o fator determinante para determinar financiamentos e diretrizes para a formulação das políticas públicas. Isso revela um cenário de avaliações com resultados direcionados nos Estados e municípios. Uma avaliação em larga escala que tem levado diversos gestores educacionais a criarem ferramentas e subsídios para condicionar as escolas a trabalharem dentro do que é cobrado nas avaliações, obedecendo sua metodologia. Por isso, esta pesquisa tem por objetivo apresentar quais os caminhos traçados pelos Planos Municipais e Estaduais dos mais diversos municípios e estados brasileiros para construir ferramentas para induzir melhores resultados nas avaliações, dos alunos de sua rede de ensino. Para isso, esta pesquisa teve como locais de amostra de resultados os seguintes estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Amazonas, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Em cada um dos estados foram analisados dois municípios. Por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, os resultados apontam que os Planos Educacionais locais trazem propostas de um sistema municipal de avaliação, com as mesmas características da Prova SAEB. Ao longo da vigência dos Planos nessas regiões, foi possível identificar elaborações de materiais próprios para subsidiar o trabalho docente, relatos em pesquisas sobre professores serem contratados de acordo com o rendimento em séries avaliadas por esta prova, projetos financiados por entes privados, entre outras ações. Assim, foi possível perceber que as práticas pedagógicas estão condicionadas a responder a Prova SAEB o que leva a comunidade educacional a refletir qual o papel da Prova SAEB na educação. Seria ela um instrumento diagnóstico de aprendizado ou um fator de condicionamento político e de disputas de poder? A partir dessas reflexões que a pesquisa traz é possível repensar o futuro da avaliação na Educação.