O presente artigo objetiva refletir, a partir de relatos de experiência, como a monitoria acadêmica pode contribuir com a aprendizagem de alunos num curso de Cálculo Diferencial e Integral I. Entre as mais diversas adversidades que interferem no processo de aprendizagem do sujeito, observa-se que a falta de conhecimentos matemáticos sólidos, que deveriam/poderiam ter sido construídos na educação básica, pode ser enunciada como um dos que mais afetam os discentes. Assim, cabe ao docente a reflexão sobre mecanismos, ferramentas e instrumentos que possam colaborar para a superação dessas dificuldades e aproximação com os conteúdos trabalhados nas disciplinas de Cálculo. Nesse processo, refletir sobre como a monitoria pode contribuir com a dinâmica de aprendizagem a partir da visão do docente que orienta o monitor, interpretada e inferida a partir de relato de experiência, é um importante passo para se compreender como as formas de ensinar a partir de uma visão dialógica da aprendizagem prestam um papel significativo à formação dos sujeitos. Identificou-se que a presença do monitor foi elemento de considerável importância para uma (re)ligação dos saberes, mobilizando não só saberes no docente e nos discentes da disciplina, mas, principalmente, no aluno-monitor que reflete sobre como suas ações contribuem para essa conexão entre os saberes e o desenvolvimento de outros sujeitos, percebendo a docência como um dos caminhos profissionais que possa seguir. Os programas de monitoria podem se aperfeiçoar para permitir uma ampliação na oferta, sensibilizando outros professores a participarem elaborando e submetendo projetos. Tal prática poderá contribuir para uma educação autônoma e que dê conta da complexidade dos sujeitos, continuando a modificar processos educativos e de formação dos indivíduos partícipes e atuantes na sociedade.